Dois ótimos animais venceram as provas da segunda etapa da coroa carioca. Os GPs Diana (G1) e Francisco Eduardo de Paula Machado (G1) foram vencidos por Gaivina e Taksim, que frustram as chances de um tríplice coroado em 2019.
Mas se por uma lado não teremos um tríplice coroado, por outro as apresentações da égua do Haras Santa Maria de Araras e do cavalo de Carlos dos Santos foram espetaculares. Ambas com um show de seus jóqueis. Valdinei Gil e Jorge Ricardo brilharam.
Gaivina confirma:
Sempre escolhida por Valdinei Gil, Gaivina entrava na pista para defender a até então “tríplice coroa” de sua faixa, Grandeza. Todos diziam que ela tinha ótimos trabalhos e não confirmava. Parece que desta vez deu certo.
Logo após a partida Lisboeta foi para a ponta. Mas Grandeza, seguindo seu estilo de carreira forçou por fora e assumiu a primeira colocação. As primeiras colocações não mudaram durante a reta oposta, onde Grandeza ponteava, seguida de Lisboeta, Midsummer Rain e Pinneapple Pie.
Na grande curva Midsummer Rain foi para cima de Grandeza, chegando a dar impressão que passaria para primeiro na entrada da reta. Entretanto, Grandeza ainda tinha muito gás. A vencedora do GP Henrique Possolo manteve a ponta e abriu vantagem. Sendo alcançada apenas na altura dos 400 metros finais pelo pelotão.
E quem liderava esta tropa que tentava a ponta era Gaivina. Por um momento parecia que ela estava defendendo a escudeira, apenas aparando os ataques de Naomi Broadway. Porém, quando a defensora do Haras do Morro começou a avançar forte pelo lado de fora, coube a Valdinei Gil garantir a vitória da equipe campeã de Christiano Oliveira.
Mais uma coroa para o Haras Santa Maria de Araras, que pode ser tríplice coroado como criador e proprietário. Seria surreal, mas não surpreendente, se eles vencessem com uma terceira potranca diferente o GP Zélia Peixoto de Castro (G1).
Na segunda colocação chegou Naomi Broadway, em muito boa atuação e chegando a menos de um corpo da vencedora. Grandeza ficou com a terceira colocação, com Pineapple Pie e Midsummer Rain completando o placar.
Filha de Gone Astray e Calandra (Put it Back), ela foi criada e defende as cores do Haras Santa Maria de Araras. O tempo da prova foi de 2’03″13 para os 2.000 metros na pista de grama pesada.
Ricardo dá show com Taksim:
Se Gil se destacou com Gaivina, Jorge Ricardo deu uma verdadeira aula montando o craque Taksim. Potro que protagonizou durante grande parte dos GPs desta geração, venceu em prova recheada e com uma entrada de reta digna de GP Brasil. Na imagem de frente só aparece o boné de Jorge Ricardo, que consegue passagem espetacular para vencer bela prova.
Na largada Dark Bobby por fora e Garbo por dentro disputavam a primeira colocação. Porém, a montaria de Carlos Lavor desgarrou na segunda metade da primeira curva e foi parar no externo da pista.
Assim, Garbo sempre foi o dono do páreo, até que Acteon Gaúcho e Jet Lag começassem a dar carga nele na entrada da curva. Leviatan, levado como líder da geração até a primeira prova da coroa, matinha-se perto em quarto.
Na entrada da reta, Acteon Gaúcho e Jet Lag dominaram Garbo e começaram a brigar pela ponta, mas Leviatan encontrou bela passagem e de golpe assumiu a primeira colocação. Com os outros três animais brigando pelo segundo em linha, Taksim, que corria pela baliza 8 ficou completamente encaixotado.
Entretanto, quem tem Jorge Ricardo “up” leva vantagem. E com a maior tranquilidade, o recordista mundial de vitórias colocou seu potro para dividir espaço com Pallito e encontrou passagem que lhe deu uma “avenida” rumo a vitória. No final, Taksim sobrava com bela vantagem.
Na segunda colocação chegou Leviatan. O terceiro na pista foi Galaxy Runner, posteriormente desclassificado por prejuízos ao quarto colocado, Olympic Icecream, invertendo as posições. Em quinto finalizou Jet Lag.
De criação e propriedade de Carlos dos Santos, o potro paranaense é um filho de Discreet Cat e Tavern (Torrential). Foi apresentado em excelente forma por Cosme Morgado Neto e assinalou 2’02″57 para os 2.000 metros na grama pesada.
