Olhando assim parece uma manchete do Athletico ou de algum outro time brasileiro que vai jogar a Copa Libertadores deste ano, mas não é. O turfe paranaense também tem seus ídolos, talvez maiores que os times de futebol. Não mais conhecidos do público, porém com resultados mais impressionantes.
Já contamos aqui no Bem Paraná sobre o paranaense Glória de Campeão, que conquistou a Dubai World Cup, uma espécie de “Mundial de Clubes da FIFA”. Agora, vamos falar sobre um animal paranaense que sonha em ser o melhor cavalo da América do Sul. Cavalo não, égua, pois estamos falando de Hassenah.
Nascida no Haras Palmerini, em São José dos Pinhais, Hassenah foi comprada ainda potranca pelo Stud AML, da família Mattos Leão. Ganhou na estreia e nas onze corridas seguintes venceu sete, sendo cinco na esfera clássica.
O que mais impressiona é a sequência dela em 2018. Foram cinco vitórias em seis provas disputas. As últimas, todas clássicas, credenciaram a filha de Red Runner a correr a prova mais importante da América do Sul, o Gran Premio Latinoamericano Longines (G1), que será disputado no Club Hípico de Santiago, no Chile. Mas antes, ela precisa vencer a seletiva que será corrida neste sábado em São Paulo.
“Ela correrá contra sete machos”, contou Luiz Roberto Feltran, que treina Hassenah no Jockey Club do Paraná. “A Hassenah vem mantendo um nível de desempenho muito bom há um ano. O importante é ela viajar bem. Seu penúltimo treino foi muito bom, o último também, então agora é só embarcar para São Paulo e torcer pelo melhor.”
A seletiva em questão é o GP Linneu de Paula Machado (G3), disputado no Hipódromo de Cidade Jardim. Quem vencer será o segundo representante do Brasil na maior prova da América. O outro representante já foi escolhido no Hipódromo da Gávea, no Rio de Janeiro. Fillmore, do Black Opal Stud venceu o Grande Prêmio Escorial (G3) no domingo passado.
A expectativa dos aficionados para Hassenah ir ao Chile é grande, uma vez que ela pode ser a primeira égua brasileira a vencer esta prova. Outros paranaenses já brilharam vencendo o GP Latinoamericano três vezes. O craque Much Better venceu as edições de 1994 e 1996, já Hot Six venceu a edição de 2009. Ambos fora criados pelo Haras J.B. Barros.
Plano B:
Caso aconteça algum contratempo e Hassenah não vença a seletiva no sábado, o seu staff tem um “plano b” para ir ao Chile. Devido a sua categoria, ela pode ser inscrita no Longines Cup Carlos Campino (G2), prova que acontece no mesmo local e dia do Gran Premio Latinoamericano (G1), porém, reservado somente a éguas.
“Também temos o plano B”, comentou Feltran. “Caso exista espaço no palete do avião, já que irá um animal do Rio de Janeiro e um de São Paulo, poderíamos embarcá-la para correr a prova das éguas. Esta é uma ideia da equipe, mas estamos trabalhando e torcendo para vencer a seletiva e correr o GP Latinoamericano.”
Mais um animal criado no Paraná que enche os turfistas da terra dos pinheirais de orgulho, levando o nome da criação paranaense além das fronteiras do Brasil.