Depois da Suméria, berço da astrologia, e dos babilônios, cujos sacerdotes são igualmente astrônomos e astrólogos por necessidade (observam o céu a fim de poder realizar as suas cerimônias em datas fixas), os Assírios , no primeiro milênio a.C., são os herdeiros dos conhecimentos astronômicos. Até o reinado de Assurbanipal, no século VI a.C., enriquecem esses conhecimentos, para os transmitir, depois do declínio da Babilônia, ao Egito. Depois do Egito, a Grécia: os seus astrólogos reivindicam Pitágoras como seu predecessor; segundo ele, os planetas, o Sol e a Lua estão ligados a esferas ou rodas que volteiam em redor da Terra em círculo concêntricos: é a escala pitagórica, em que a mística dos números têm um lugar importante e em que cada uma das esferas tem uma ressonância diferente.
Contudo, dezessete séculos antes de Copérnico, já tinha aparecido na Grécia uma teoria heliocêntrica formulada por Aristarco, no século III a.C., Mas não teve qualquer êxito. A astrologia havia de invadir a Grécia do mesmo modo que invadiu Roma. Em 280 a.C., na ilha de Kos, o babilônio Beroso, fundou uma escola de astrologia herdeira dos Caldeus: a astrologia pessoal, nasceu assim. Foi então que apareceram as primeiras cartas do céu, ou seja, os primeiros gráficos do céu, descrevendo-o num momento determinado. O zodíaco babilônico, que os Gregos herdaram, aperfeiçoou-se: o sol passava cerca de trinta dias em cada constelação, passando o zodíaco a estar subdividido em 30 graus e avançando o sol um grau por dia. Os quatro ou cinco dias que sobravam eram absorvidos pelos solstícios, equinócios e outras festas. Foi este o sistema cronológico que adotamos até hoje.