De volta para o Futuro? Ora, 1985 é agora

Redação Bem Paraná

Esta quarta-feira (21/10) é o dia em que, segundo o filme De Volta para o Futuro (1985), o jovem Marty McFly vai chegar ao ano de 2015 – ou seja, este ano. No clássico de 1985, é para este dia que ele e o cientista Dr. Emmett Brown programaram a viagem para 30 anos no futuro – para, nas palavras do Doutor, “fazer alguma coisa pelos filhos de Marty”. E é aí que se tem De Volta para o Futuro 2 (que, na verdade, foi feito em 1989).

Embora seja o menos apreciado dos três filmes da trilogia, De Volta para o Futuro 2 é o que mais suscitou a imaginação. Como estariam todos no ano de 2015? Como estaria a tecnologia? Bom, quando 2015 chegou, logo nos primeiros dias muita gente publicou comparativos de como as coisas eram no filme e como realmente estavam em 2015. Logicamente, houve erros e acertos. E também acertos “para breve”.

 

Os erros

O principal deles é a não-existência de celulares. O gadget que todo mundo tem um em 2015 não aparece no filme. Curiosamente, celulares já existiam em 1983, dois anos antes de De Volta para o Futuro e seis antes de De Volta para o Futuro 2 ser filmado. Por outro lado, o longa mostra o pai de Marty McFly de cabeça para baixo, devido a um aparelho voador para tratar de dores na coluna – algo que hoje não existe. Também não há carros voando pelas ruas. Nem o filme Tubarão 19, com direção de Max Spielberg (filho de Steven Spielberg). Nem Diana é a rainha da Inglaterra.

 

Os acertos

O grande acerto do filme é a TV. Hoje as TVs são de tela plana, como no filme. Mas o que poucos perceberam é a proporção da tela, em 16:9, como é hoje. Esse acerto deve ser valorizado porque as TVs de tubo da época eram em outra proporção, 4:3. Também existe fax (na verdade, nem tem mais, que já é uma tecnologia velha), videoconferência, biocombustíveis, drones, realidade aumentada, impressoras wireless, fechaduras eletrônicas com biometria e tablets – pois é, o filme tinha tablets, mas não tinha celulares…

 

Os acertos para breve

Tênis que se amarra sozinho é um sonho de muitos. Em 2011, a Nike lançou um modelo igual ao do filme – pena que não fecha sozinho. É o primeiro passo; os fabricantes estão investindo nessa tecnologia. Outro item que também tem quebrado a cabeça dos inventores é o skate voador. Há protótipos em teste atualmente. E ainda não se vê filme em hologramas (como o tal Tubarão 19), mas as projeções em 3D e iMax estão chegando lá.

 

E agora?

Simpática, dinâmica, engraçada, charmosa e com um enredo inteligente, a trilogia De Volta para o Futuro virou um clássico. Angariou milhões de fãs – tanto que o dia 21 de outubro terá sessões dos três filmes em cinemas de Curitiba. E um de seus charmes é exatamente ter ficado “datado” de 1985.

Como a moda de atualmente no cinema é fazer refilmagens (recontar a história), reboots (recontar a história com outro viés) e prequels (contar o que houve antes), é lógico que mexer em De Volta para o Futuro entrou na pauta em Hollywood. “Isso não pode acontecer até Bob (Gale, roteirista) e eu estivermos mortos. E então eu tenho certeza de que farão, a não ser que nossos espólios impeçam isso. Quer dizer, para mim, isso é ultrajante”, disse o diretor da trilogia, Robert Zemeckis, em 30 de junho deste ano.

Mas há quem acalente a possibilidade de um 4º capítulo. O ator Christopher Lloyd, que interpretou o cientista Dr. Emmett Brown, disse que voltaria ao papel se um quarto filme da série fosse feito. Durante uma entrevista ao The Hollywood Reporter, o ator disse que seria maravilhoso se juntar a Michael J. Fox (Marty McFly), Lea Thompson (Lorraine) and Thomas F. Wilson (Biff), além do diretor Robert Zemeckis e do roteirista Bob Gale, para mais uma aventura de viagem no tempo (na foto acima, de 2010, Huey Lewis, Mary Steenburger, Christopher Lloyd, Michael J. Fox, Lea Thompson e Robert Zemeckis). “Seria um desafio fazer um filme tão atraente quanto os outros três, mas é possível. Nunca se sabe”, falou Lloyd – que, curiosamente, completa 77 anos em 22 de outubro, um dia após ele mesmo ter chegado a 2015…