‘Extradordinário’, filme que estreia nesta quinta-feira (7) em Curitiba, traz Julia Roberts e Owen Wilson como um casal que tem um filho com uma deformidade facial. Dito isso, o casal de astros fica em segundo plano e quem centraliza as atenções é August Pullmann, ou Auggie (Jacob Tremblay), em seu primeiro dia de escola. Ele é obrigado a tirar o capacete de astronauta – sem o qual, aparentemente, nunca sai de casa – e mostrar sua verdadeira face.

Imagem relacionada

Qualquer um que tenha estudado em uma escola sabe que o mundo das escolas é cruel com os diferentes. Com quem é gordinho. Com quem usa óculos. Com quem tem uma cor diferente. Com quem tem timidez. Imagine com alguém que tem uma deformidade facial. Os pais sabem disso. O pai (Owen Wilson) diz à mãe (Julia Roberts): “Ó Deus, fazei com que sejam gentis com ele”.

Claro que, durante os primeiros dias, Auggie é visto com desconfiança pelos demais colegas. Mas, por incrível que pareça, ele leva na boa, na medida do possível. Até comenta isso. “Auggie, você deveria fazer uma cirurgia”, diz um colega. “Esse sou eu depois da cirurgia”, responde. Seu jeito de ser começa a cativar os colegas, pouco a pouco. Sua aceitação é (sem trocadilhos) algo extraordinário.

O filme do diretor Stephen Chbosky baseou-se em um livro da norte americana Raquel Jaramillo, que usa o pseudônimo de R.J. Palacio. Tanto o diretor quanto a autora afirmaram que o que mais queriam é que o filme fosse um manifesto de gentileza num mundo cada vez mais individualista e materialista. O trunfo é contar a história de Auggie pelos olhos dos outros personagens. O menino tem deformidade facial. Mas quem disse que os outros também não têm problemas?