‘Hotel Transilvânia 2’ reforça a aceitação das diferenças

Redação Bem Paraná

Hotel Transilvânia 2, que estreia nesta quinta-feira (24/9), é a sequência de Hotel Transilvânia, animação de 2012. Adam Sandler faz novamente a voz do protagonista, o Conde Drácula. Há quem cite uma vantagem sobre os outros filmes do ator: não é preciso olhar para a cara de Adam Sandler, já que se trata de uma animação.

O primeiro Hotel Transilvânia tratava da aceitação. Drácula havia transformado seu castelo na Transilvânia em um hotel e lá só aceitava monstros – como Frankenstein, a Múmia, o Lobisomem, esses caras. Um dia, apareceu por lá um mochileiro pós-adolescente, Jonathan (voz de Andy Samberg), que quase matou Drácula do coração (sem estaca). Não só porque não fugiu do hotel na primeira oportunidade, mas porque se engraçou com a filha do vampirão, Mavis (voz de Selena Gomez).

Hotel Transilvânia 2 já mostra Mavis e Jonathan casados. Os humanos, por sinal, são bem mais tolerados, tanto que o hotel agora está aberto a não-monstros. E a relação entre a vampirinha e o mochileiro é bem aceita pelo sogrão sugador de sangue.

Até que ela engravida e tem um bebê. Drácula adora a notícia e o processo todo. Quer porque quer um neto vampiro que faça jus à linhagem da família.

Só que, passados cinco anos, o menino Dennis (voz de Asher Blinkoff) não dá nenhum sinal de que tem alguma coisa de vampiro. Isso apesar de todo o esforço contrário de Drácula – que, entre outras coisas, joga o pequeno de uma torre bem alta esperando que ele saia voando (sozinho).

Durante esse processo, a família do Hotel Transilvânia recebe a visita do pai de Drácula, o velho Vlad. Claro, o patriarca do clã fica maluco quando percebe que seu neto é mestiço.

A partir daí, os conflitos de gerações são inevitáveis. Há, contudo, uma entrelinha bem definida, a de se saber aceitar as pessoas diferentes. Vlad precisa aceitar um bisneto diferente, assim com Drácula fez com o genro no primeiro filme. Em tempos de discurso de ódio com pessoas de diferentes cores de pele, religião, preferência futebolística ou orientação sexual, é bom ver as crianças receberem uma mensagem dessas de “aceitar o semelhante”. Viva a diferença.

Curiosidade

Quem faz a voz do velho Vlad é o veteraníssimo Mel Brooks, 89 anos. Nos últimos anos, tem feito apenas vozes para personagens de animações – como Albert Einstein em As Aventuras de Peabody & Sherman. Ele não aparece “pessoalmente” na telona desde  (2005).