Sem Jason Statham, como fica ‘Carga Explosiva’?

Redação Bem Paraná

Daqui a alguns anos, os filmes de Wolverine não serão mais encarnados por Hugh Jackman. Ele já declarou que fará apenas mais um filme-solo do mutante – além, provavelmente, de mais um com os X-Men. O mesmo deve acontecer, algum dia, com o Homem de Ferro. Com o Capitão América. É natural. Se os estúdios querem fazer franquias com determinados personagens ao longo de muitos anos, a substituição de atores é inevitável. Aconteceu com James Bond. Com Batman. Com Superman. Com o Homem-Aranha.

Esse princípio ajuda a explicar por que o quarto filme da franquia Carga Explosiva, que estreia nesta quinta-feira (10/9), não tem seu ator principal, Jason Statham. Mas não justifica. Está certo que o terceiro filme terminou num climão indicando que o intrépido Frank Martin largou os bets para ficar com a ucraniana Valentina (Natalia Rudakova).

Mas uma outra sequência da franquia criada por Luc Besson – que assinou os roteiros os três filmes, de 2002, 2005 e 2008 – não seria algo impensável.

De fato, não foi. Tanto que saiu. Sem Statham, que é quem leva os três filmes anteriores nas costas (ou em seu carrão preto), mas que declinou do convite para mais uma continuação.

Sem ele, a ideia foi começar pelo começo, bem pelo começo , numa tentativa de explicar ao público por que outro ator está no papel de Frank Martin. Carga Explosiva: O Legado conta a origem do motorista que é mestre de artes marciais e aceita levar cargas “explosivas” sem perguntas. Portanto, é necessário um ator bem mais jovem, como Ed Skrein.

O Legado marca o início da trajetória de Frank Martin, seu relacionamento com o pai e a vida antes de se tornar transportador de mercadorias desconhecidas. No filme, Martin é contratado pela femme fatale Anna e suas três deslumbrantes ajudantes, mas logo ele descobre que ele está sendo enganado. Anna e suas cúmplices sequestraram seu pai, a fim de coagir Frank em ajudá-las a derrubar um grupo cruel de traficantes de seres humanos russos.

Perseguição de carros? Está lá. Reviravoltas? Está lá. Lutas? Está lá. Ação do começo ao fim? Está lá.

Só Jason Stathan não está lá…

Nem seu charme durão. Sem isso, Carga Explosiva: O Legado não mostra o mesmo charme durão dos antecessores. É natural. Frank Martin é apenas o mais recente exemplo de uma síndrome que já atacou James Bond e o Batman e que, no futuro, pode acometer o Wolverine ou o Homem de Ferro. Nem sempre dá certo.

Curiosidade

O diretor de Adrenalina, Brian Taylor, disse certa vez que Jason Statham é durão como Charles Bronson e cool como Steve McQueen. “Tive que pagar uma bela grana para fazer ele dizer isso”, brincou Statham, ao ser questionado por um repórter a respeito da frase.