Ridley Scott, veterano diretor de cinema, lançou Perdido em Marte na última quinta-feira (1/10).Ele edificou a carreira com filmes de ficção científica, como Alien – o 8º passageiro e Blade Runer, que se tornaram clássicos.

Scott

Os sucessos na ficção científica deram estofo a Scott para ele poder dirigir épicos históricos – sempre com uma pitada de polêmica em relação aos fatos considerados “oficiais”. Eis uma lista de “top 5” de filmes históricos de Ridley Scott.

 

1492

1492 (1992)

Nos 500 anos do descobrimento da América, era óbvio que fariam um filme sobre o assunto. Houve mais de um na época, mas o mais aguardado era esse 1492, com Gerard Depardieu no papel de Cristóvão Colombo. Os primeiros 30% do filme contam o que os livros de história trazem: a epopeia de se atravessar o oceano em busca de ninguém sabia bem o quê – desconfiava-se que eram as Índias. O resto explora algo que os livros de história não costumam citar: o que exatamente Colombo fez em território americano.

 

Gladiador

Gladiador (2000)

Russel Crowe vive o papel do general romano que virou escravo, que virou gladiador, que desafiou o império romano. O filme gerou polêmica ao misturar um personagem fictício (o gladiador Maximus) com os imperadores romanos Marco Aurélio e Commodus – que, historicamente, morreu em circunstâncias mal explicadas. Gladiador, apesar disso, foi o mais bem-sucedido filme de Ridley Scott, com 12 indicações ao Oscar e cinco estatuetas, incluindo melhor filme e melhor ator principal (Crowe). Scott foi indicado como diretor, mas não levou.

 

Cruzada

Cruzada (2005)

Balian (Orlando Bloom), um ferreiro que acaba de ficar viúvo, é encontrado por seu pai, Godfrey (Liam Neeson), e acaba indo lutar nas Cruzadas. Como o pai morre em um combate ainda em solo europeu, Balian acaba assumindo seu papel em uma Jerusalém que está na iminência de ser tomada pelo rei Saladino. Entre aliados e inimigos, a confusão é tanta que fica difícil saber com certeza quem é mocinho, quem é vilão e quem está lutando de qual lado. Pensando bem, as Cruzadas erram assim mesmo, com gente lutando sem saber por quê.

 

Robin

Robin Hood (2010)

Mais uma parceria entre Scott e Russel Crowe, que desta vez empunha o arco do homem que rouba dos ricos e dá aos pobres. Esta longa traz a origem do herói inglês desde o tempo em que lutava ao lado do rei Ricardo Coração de Leão e explica sua volta para a Inglaterra governada pelo pusilânime príncipe João. Quanto mais o filme se desenrola, mais expõe a falta de ligação com aquilo que popularmente se conhece do fora-da-lei, e isso irritou muitas pessoas. Essas pessoas, entretanto, acabam se sentindo “dobradas” na última cena.

 

Exodo

Êxodo – Deuses e Reis (2014)

Scott faz uma releitura de Os Dez Mandamentos, com Christian Bale como Moisés e Joel Edgerton como o faraó egípcio Ramsés II. Como todo filme que mexe com religião, este deu barulho – e por isso foi proibido em alguns países. Moisés tira um sarro dos rituais pagãos enquanto está na corte egípcia e critica a fé cega dos povos. O filme, por sua vez, tenta explicar as 10 Pragas do Egito com um viés realista. E as coisas parecem cada vez menos explicáveis se não se considerar o viés divino.