Ion Live Marketing investe no onlive e desenvolve novos produtos

Empresa faz parte do Movimento “Alive Marketing”

Cícero Lira

O Live Marketing, assim como a área do entretenimento em geral, foi um dos setores que mais sofreu com a pandemia. De uma hora para outra, os eventos presenciais saíram de cena e muitas empresas tiveram que fazer mudanças rápidas e estratégicas para continuarem, literalmente, vivas no mercado. Foi o que aconteceu com a Ion Live Marketing. A empresa, sediada em Curitiba, possui filiais em Goiânia e Rio de Janeiro. Logo no início da crise, os sócios Rafael Gamba Bettoni, Daniel Coelho e Marcos Pinheiro perceberam que a melhor saída para enfrentar o problema se chama: Cooperação.

A empresa aderiu ao Movimento “Alive Marketing” encabeçado pela F/Malta (SP) que visa promover empatia, união e (re)pensar –  com as concorrentes – saídas para a sobrevivência do setor que movimenta, anualmente,  cerca de 44 bilhões de Reais no Brasil, segundo pesquisa da Ampro (Associação de Marketing Promocional). Para Rafael Gamba Bettoni, a Ion teve que se readequar. O que era Live passou a Onlive e o conceito mais “touch screen” e menos “touch skin” é o que impera no novo normal, pelo menos até agora.

 

#PERFIL

Somos uma agência muito focada em criação e planejamento. A gente procura não ser meros executores e sim agregar ideias e sempre trazer relevância criativa para os jobs.  A Ion Live nasceu em Curitiba, mas temos polos comerciais no Rio e em GO. Existem para atender clientes regionais e para prospecção de novos. Já temos quase duas décadas de experiência. A agência surgiu como Sportion, que ainda faz parte do nosso Grupo, mas a agência atua exclusivamente no ambiente esportivo.  A gente organiza corridas para marcas, campeonatos e iniciativas que empresas tenham como bandeira o esporte como protagonistas dessas ações. A agência veio com esse nome até 2016, mas aí começamos a fazer ações para outros segmentos e produtos, ampliando ações para todos os segmentos e não só alinhados ao esporte. A carga de expertise vem de décadas. O nome de batismo Ion tem cerca de cinco anos no mercado. Hoje no escopo da agência desenvolvemos ações de “trade”, convenções, programas de relacionamento e “tailor made” e ações pontuais de Live marketing em geral.

#IMPACTO

O impacto da pandemia para o setor foi um choque, um abismo que se abriu aos nossos pés. Como o cerne do nosso negócio é aglomeração de pessoas e a nossa atividade foi proibida do dia para  a noite, tivemos que nos reinventar. No período de março e abril fizemos um esforço grande para tentar  colocar novos produtos ou novos formatos no mercado para atender o Live Marketing. O mais notável foi entender e aprender durante o processo e se colocar como uma agência capaz de realizar – o que era antes presencial – de maneira online. Corremos atrás de fornecedores e formamos um time de tecnologia e nos adaptamos a essa linguagem. Isso trouxe bons resultados, não de imediato, mas a partir de julho para cá notamos que os clientes saíram da inércia (reagiram) e estão transpondo para o online o que antes era presencial. O começo foi de incerteza para todos. As marcas colocaram o pé no freio, inicialmente, mas agora estão começando a se movimentar. Para nós o cenário tem melhorado, apresentado um aquecimento a partir de julho para cá.

#MUDANÇA

A mudança que tivemos que passar foi brusca. Não estávamos cem por cento preparados. Digitalizar o negócio da noite para o dia foi um choque, mas tivemos que fazer, buscar saídas. Entre as iniciativas, destaco duas: Uma foi motivada pelo momento. Substituir a ideia de “competição” por “cooperação”. Formamos uma aliança com outras duas agências: a F/Malta (SP) e a Dot Promo (PE). A intenção era dar força ao mercado para enfrentar a crise e gerar negócios. A partir de um Movimento proposto pela F/Malta foi lançado o Manifesto “Alive Marketing”. A proposta era envolver toda a cadeia do setor num apelo, num grito de sobrevivência do ramo de Live Marketing. Aderimos ao Manifesto pela empatia a causa mas acabamos nos aproximando como business e hoje temos essa espécie de coligação que nutre um círculo de negócios e oportunidades que compartilhamos. Outra iniciativa de reinvenção foi procurar desenvolver produtos próprios, especialmente focados no público final e que necessariamente, nesse período de pandemia, não demandasse muito investimento. Decidimos então focar no mercado de games. Um setor que sempre quisemos acessar. Então criamos a “Rage Quit Academy”. Trata-se da primeira game school do Brasil, onde o participante aprende a jogar com aulas ao vivo, individuais e online com pro-players de renome nacional e internacional.

#2021

Acredito que 2021 será um ano melhor. Em que medida eu não sei.  A onda da Covid passando, a vacina chegando, a volta a normalidade da vida em geral, nos faz acreditar que o ano seja também melhor e que volte aos padrões que a gente tinha pré-pandemia. Com este cenário, os clientes vão voltar com uma certa sede de ir para a rua, tendo que disputar mercado, principalmente os segmentos que tiveram vendas retraídas. Todas essas iniciativas e investimentos foram represados e temos que buscar o consumo e fechar uma conta positiva para esses clientes. Temos que acreditar no melhor. Este é o espírito da agência. Este ano não alçamos voos maiores. Tínhamos no panorama um ano muito bom. O cálculo era atingir a nossa meta (idealizada em janeiro), mas devemos chegar a cerca de 35% desse objetivo. Mas já consideramos isso é uma vitória. Estamos muito orgulhosos do que fizemos, pois trabalhamos muito. Isso foi alcançado diante de uma gestão segura e preparada em conjunto com os sócios Daniel Coelho e Marcos Pinheiro. Sobrevivemos a escassez de jobs neste ano e para 2021 teremos melhores perspectivas.