O novo cenário do mercado de eventos, com soluções sendo formatadas em tempo real e com número crescente de recursos tecnológicos deve permanecer em alta, mesmo após a pandemia. O desafio para as marcas, agora, é reter a audiência com ferramentas que proporcionem encantamento, experiências sensoriais diferenciadas e ambientes cada vez mais interativos. “O mercado está saturado de lives e os formatos mais simples já não agradam mais. Plataformas de realidade aumentada, cenários 3D e eventos em 360º são só alguns exemplos do que deve compor um ambiente básico de evento digital, ou os chamados Eventos 4.0, daqui em diante”, afirma a sócia-diretora da Rocket, Vanessa Sa.
Antes da pandemia, o acesso às tecnologias como as simulações de ambientes, ficavam restritas às grandes produções do cinema ou da TV. “Hoje, é possível criar um evento em que um carro seja retirado da rua e, em seguida, içado por um guindaste e colocado diretamente em um cenário de floresta”, exemplifica Vanessa. Outro exemplo são os recursos como as dinâmicas de interação, que só eram possíveis nos eventos presenciais e, agora, ganharam o apoio da realidade virtual. Com ele, é possível mostrar um produto complexo apenas pedindo para o espectador apontar a câmera do celular, durante uma live.
Acompanhe as quatro técnicas que estão entre as tendências para os Eventos 4.0, segundo Rocket:
1-Modelagem 3D – Com a aceleração da transformação digital, possibilidades como a modelagem de palco em 3D, que trazem experiências imersivas, são uma realidade acessível para as marcas. Com o aumento de ofertas desses recursos, ficou mais viável criar ações que podem reduzir custos e ainda simular cenários, antes considerados improváveis, em um único evento. “Este foi o recurso que utilizamos para simular o Yad Vashem – Museu do Holocausto, no evento em memória pelas vidas judias da Segunda Guerra Mundial. Seria inviável algo assim tempos atrás. Com esta técnica, conseguimos representar um pouco da dor e da gravidade de algo historicamente tão impactante”, revela Vanessa Sá.
2-Apresentações interativas – Com o aumento da frequência dos encontros virtuais, os clássicos “ppts” ficaram mais cansativos de se acompanharem. Uma forma de quebrar esta inércia e trazer mais dinamismo para estas interações, é usar o recurso das apresentações interativas. Tudo começa com um roteiro que traga um storytelling bem construído, que ajuda nas etapas iniciais e faz toda a diferença na dinâmica do evento. Os recursos de adição de vídeos e interações com outros palestrantes que estão remotos, dão ao espectador a familiaridade contida nos formatos dos programas de TV. Além disso, as interações com recursos de enquetes e postagem de hashtags nas redes sociais ajudam a reter a atenção do público. Já a ideia de multitelas faz com que o celular deixe de ser um concorrente de atenção e passe a ser uma poderosa ferramenta de abordagem.
3-Realidade Virtual – Esta ferramenta possibilita aumentar as camadas de informação digitais e ajudam em novas formas de trazer um contato mais próximo entre o público e as marcas. “Aplicamos este recurso para a criação de uma plataforma interativa que está em desenvolvimento para a Meditronic, líder global em tecnologia, serviços e soluções médicas. Lá, os profissionais da área da saúde poderão interagir e ter mais detalhes de poderosas ferramentas cirúrgicas”, diz a diretora da Rocket.
4-Estratégia de Dados – Ao trazer as marcas para o ambiente digital, é possível obter informações cada vez mais precisas das suas audiências. Recursos valiosos que podem variar de uma simples solicitação de um cadastro de usuário até mapas elaborados de calor e de preferência de consumo de determinados conteúdos, ajudam na obtenção de dados e informações. E a lista de benefícios inclui facilitar tomadas de decisões, investimentos e mudanças de estratégias, que contribuem ainda mais para a geração de resultados progressivos.