
Investir em profissionais caros traz retorno imediato?
A resposta para essa pergunta está no balanço financeiro do Athletico de 2019, divulgado na última quinta-feira (dia 30).
Em 2019, o Athletico aumentou em 50% os gastos com salários de profissionais, em comparação com o ano anterior (2018). Como resultado, viveu o ano mais vitorioso da sua história dentro de campo, conquistando a Copa do Brasil, a Conmebol/Levain Cup e o Campeonato Paranaense, além de viver bons momentos na Libertadores e fazer campanha positiva no Brasileirão.
Com isso, a arrecadação do clube dobrou na comparação entre esses dois anos. Em 2018, a receita total foi de R$ 189 milhões. E subiu para R$ 379 milhões em 2019 — recorde na história do Athletico.
Em 2018, o Furacão gastou R$ 60 milhões com salários — média de R$ 5 milhões por mês. Em 2019, esse valor subiu para R$ 95 milhões anuais (ou R$ 8 milhões mensais).
No total de 2019, o Athletico acabou registrando superávit de R$ 63,4 milhões. O clube ainda tem dívidas de R$ 458 milhões — a maior parte é referente à construção da Arena da Baixada.
O CRESCIMENTO
Principais receitas do Athletico, em milhões de reais
Receita |
2018 |
2019 |
Venda de jogadores |
43 |
133 |
Direitos de TV |
59 |
75 |
Premiações |
27 |
85 |
Sócios |
22 |
26 |
Bilheteria |
9 |
23 |
Publicidade |
16 |
17 |
Produtos (loja CAP) |
6 |
13 |
Fonte: balanço contábil do Athletico 2019
A maior receita do clube em 2019 foi a venda de jogadores, que chegou a R$ 133 milhões. A principal envolve o lateral-esquerdo Renan Lodi, negociado para o Atlético de Madrid, da Espanha, por 20 milhões de euros (cerca de R$ 120 milhões). O pagamento ocorreu em parcelas e só uma parte foi lançada no balanço 2019.
A segunda maior receita de 2019 foi premiação, totalizando R$ 85 milhões. Em 2018, por exemplo, esse valor ficou em R$ 27 milhões. Ou seja, apenas o recebido em prêmios pelo sucesso nas competições quase cobre toda a folha salarial do clube (R$ 95 milhões anuais).