Todo mundo merece uma segunda chance.
No futebol, todo novato merece uma segunda, uma terceira, uma quarta chance.
É o que defendo, mas raramente vejo no esporte. Principalmente aqui nos clubes de Curitiba. Nos meus 23 anos de jornalista esportivo, vi centenas de pratas-da-casa serem queimados por treinadores, massacrados por haters da mídia e por alguns torcedores raivosos.
O que eu gostaria de ver é todo jogador ser tratado como Vitor Carvalho. Apesar das dezenas de jogos ruins, o Coritiba continua apostando nele. Apesar de erros graves em campo, alguns colegas de imprensa sempre conseguem enxergar o que há de melhor nesse jogador. E, nas arquibancadas e nas redes sociais, sempre há uma turminha com uma visão otimista sobre ele.
Todos eles merecem elogios por essa bondade. E minha única crítica é que essa bondade deveria valer para todos os novatos e não apenas para Vitor Carvalho.
COLETIVA
No clássico de domingo, o técnico do Coritiba, Umberto Louzer, deu tratamento especial a Vitor Carvalho. Mudou o rumo da entrevista coletiva para fazer elogios rasgados ao jogador, apesar do fraco desempenho do volante nas demais partidas de 2019. Minha torcida é para que todo novato ganhe esse privilégio nos próximos meses.
SOBRE O JOGADOR
Vitor Carvalho tem apenas 21 anos e 51 jogos como profissional. Ainda é jovem e, de fato, já mostrou potencial. Pode aprender a passar, a chutar, a correr, a enxergar o jogo e se posicionar. Há tempo para isso. Só é necessário paciência.
Já vi bons jogos de Vitor Carvalho e acredito que pode se tornar um volante muito útil para o Coritiba nos próximos anos. Só torço para que também recebam 51 chances no profissional outras revelações da base, como Matheus Bueno, Luiz Henrique, Nathan, Pablo Thomaz e Kady.