Divulgação/Coritiba – Torcida do Coritiba no Couto Pereira

A manifestação racista abjeta de que foi vítima o repórter fotográfico Franklin de Freitas hoje (28) no Estádio Couto Pereira exige uma resposta veemente não só do clube como instituição, como também da torcida do Coritiba. Quem pratica um ato como esse nos nossos dias não pode ser acobertado por quem quer que seja. Que os torcedores que viram a cena reajam e ajudem a polícia a identificar e localizar o “torcedor” que chamou Franklin de “preto filho da puta”. E que torcidas organizadas e torcedores individualmente condenem o ato e ajudem a coibir manifestações de racismo no futebol.

Franklin não está só. Tem o apoio de sua categoria, dos seus amigos, da empresa em que trabalha, do próprio clube, da polícia, que está investigando. Mas é preciso dar um basta nesse tipo de situação de uma vez por todas. É preciso que as próprias torcidas se engajem num grande movimento contra o racismo ou qualquer outro tipo de discriminação. Talvez o engajamento de uma grande massa de torcedores numa causa como essa iniba esses que ainda insistem em achar que a cor da pele confere superioridade ou inferioridade a alguém.

Ofensas racistas, homofóbicas, sexistas não podem mais ser aceitas. Não é possível que ainda tenhamos racismo no futebol. O responsável pelo ato covarde deste domingo precisa ser punido dentro da lei. E seu ato precisa ser rejeitado com muita clareza pela imensa nação coxa-branca.

Franklin, estamos com você.

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