Bancada Feminina da Assembleia encaminha sugestões para o novo Código Eleitoral. Veja o que elas querem

Martha Feldens
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As nove deputadas que assinaram o documento. Foto: Assessoria parlamentar

A Bancada Feminina da Assembleia Legislativa do Paraná não quer retrocesso no espaço para a mulher no novo Código Eleitoral brasileiro, em discussão no Senado Federal. As deputadas encaminharam nesta terça-feira (29) um ofício ao Senado medidas para proteger e ampliar os direitos políticos das mulheres. O documento foi encaminhado ao senador Marcelo Castro (MDB-PI), relator do projeto de lei complementar nº 112/2021, que está em análise na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado.

As nove deputadas que assinam o documento enviado ao Senado consideram positiva a proposta de reservar pelo menos 20% das cadeiras da Câmara dos Deputados, das assembleias estaduais, da Câmara Legislativa do Distrito Federal e das câmaras municipais para mulheres. Segundo elas, essa medida ajuda a enfrentar as barreiras que dificultam a eleição de mulheres e promove mais equilíbrio e representatividade na política. Mas elas acham que essa mudança não pode substituir outra conquista importante: a exigência de que, nas eleições proporcionais, pelo menos 30% das candidaturas sejam femininas.

No ofício, a Bancada Feminina deixa claro que está preocupadas com possíveis retrocessos no Código Eleitoral e pediram que o Senado mantenha e fortaleça políticas que incentivem a participação das mulheres na política. Elas solicitam que o projeto:

Mantenha a exigência mínima de 30% de candidaturas femininas;

Garanta a reserva mínima de 20% de cadeiras para mulheres nos parlamentos;

Amplie e fortaleça o combate à violência política de gênero;

Crie regras mais rígidas para evitar fraudes nas cotas de gênero;

Assegure que os recursos dos fundos eleitorais destinados às mulheres sejam repassados de forma proporcional e obrigatória.

O ofício foi assinado pela líder da Bancada Feminina, deputada Mabel Canto (PP), e pelas deputadas Maria Victoria (PP), Cristina Silvestri (PP), Cloara Pinheiro (PSD), Ana Júlia (PT), Luciana Rafagnin (PT), Marli Paulino (SD), Flávia Francischini (UNIÃO) e Márcia Huçulak (PSD).