Quase sem tempo na propaganda de TV e rádio, sem alianças importantes, mas com bons índices nas pesquisas e garantia de recursos do fundo eleitoral para fazer a campanha. Assim está Beto Richa, do PSDB, a uma semana da sua convenção partidária. Pressões para que ele desista não faltam, e não só de um lado. Sua equipe já admite que “tudo pode acontecer, inclusive nada”, diferentemente de alguns dias atrás, quando garantia que “Beto é candidato”.
Um cálculo já feito pela equipe de Beto é do tempo no horário de blocos da propaganda eleitoral e nas inserções comerciais diárias, que começam em 30 de agosto. No bloco do programa eleitoral, de segunda-feira a sábado, Beto terá 30 segundos, com os outros 9 minutos e 30 segundos destinados aos demais candidatos. Nos comerciais, terá três inserções diárias ou, na melhor das hipóteses, quatro, Os demais candidatos juntos ficam com os outros 80 comerciais. Muito pouco para se destacar, admitem no PSDB.
Por outro lado, a federação PSDB/Cidadania tem 39 candidatos a vereador que podem ajudar a amplificar muito a campanha de rua, que, pelo calendário eleitoral, começa em 16 de agosto. E ainda resta a opção das redes sociais e dos aplicativos de mensagens que multiplicam rapidamente a mensagem do candidato.
Beto Richa já foi sondado para desistir e aderir a outras campanhas por emissários de diferentes cores partidárias, da direita à esquerda. Até agora tem resistido.
Leia também: Rosangela Moro é a candidata a vice na chapa de Ney Leprevost, para “impedir o avanço do PT nas prefeituras”