Deputados federais da bancada paranaense do espectro da direita fizeram duras críticas à decisão da Primeira Turma do STF (Supremo Tribunal Federal) que condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão na ação da trama golpista. Em comum, depois da decisão do STF, os parlamentares bolsonaristas prometem agora lutar “sem descanso” para aprovar o projeto de anistia no Congresso.
Filipe Barros (PL) disse em vídeo no X: “O teatro chegou ao final. O justiçamento do presidente Bolsonaro foi desde o começo um jogo de cartas marcadas, uma farsa com um final já escrito. Sem provas, sem a jurisdição adequada e sem uma mínima coerência com os fatos, a injustiça foi feita. Agora, mais do que nunca, nós não vamos descansar até fazer justiça com a anistia ampla, geral e irrestrita, uma prerrogativa única do Congresso Nacional. Nós não vamos desistir do Brasil, dos presos políticos e do nosso presidente Jair Bolsonaro”.
O deputado federal Pedro Lupion (PP) também prometeu lutar pela anistia. No X, ele publicou: “Condenar o Presidente Bolsonaro ou sequer compará-lo a Lula é de uma cegueira aviltante. Contra Lula, havia fartas provas dos desvios e corrupção; Bolsonaro é um homem de bem, que está sendo condenado por ser crítico da atuação do judiciário brasileiro.
Não podemos aceitar tamanha injustiça. Dentro da nossa atuação, não mediremos esforços para que o Congresso Nacional aprove uma anistia geral, ampla e irrestrita, corrigindo essas distorções e garantindo a pacificação do país”, disse o deputado, que é presidente da Frente Parlamentar Agropecuária.
O presidente do PL no Paraná, deputado federal Fernando Giacobo, reproduziu no seu perfil no Instagram uma nota do presidente nacional do partido, Valdemar da Costa Neto, em que o tema anistia também é destacado. “Que dia triste para o Brasil. O Supremo Tribunal Federal condena o presidente Jair Bolsonaro, um homem honesto, que sempre trabalhou pelo bem do povo brasileiro e que liderou um governo sem corrupção.
Esta condenação entra para uma das páginas mais sombrias da nossa vida política. Uma injustiça que não será capaz de apagar o legado de Bolsonaro: um governo íntegro, a defesa intransigente da liberdade e a coragem de colocar o Brasil acima de tudo. Nosso eterno presidente segue sendo o maior líder da direita brasileira e um dos maiores do mundo.
O Partido Liberal não descansará até aprovar a anistia. Nosso reconhecimento ao ministro Luiz Fux, que deu um voto lúcido, técnico e imparcial, uma verdadeira aula de Direito.
O PL jamais desistirá da luta por liberdade e pela democracia. Capitão, estaremos sempre com você”, diz a nota.
O senador Sergio Moro (União) não tocou no tema anistia, mas criticou a decisão. No X ele escreveu: “O julgamento termina como começou, com excessos. Mesmo no cenário condenatório, sobre o qual há mais do que dúvidas razoáveis, as penas são excessivas contra o ex-presidente Bolsonaro e os generais. O caso deveria ter sido julgado regularmente na primeira instância.”
O deputado federal Stephanes Junior (PSD) também criticou o STF. “Injustiça. A primeira turma do STF forma maioria para condenar Bolsonaro por tentativa de golpe. Além do ex-presidente, outros sete foram vítimas dessa fraude. O teatro chegou ao fim”, disse no Instagram.
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