Blog da Martha Feldens Punição à vista

Câmara acata processo de cassação contra Professora Ângela e já nomeia comissão processante

Martha Feldens
processo contra professora Ângela comissão processante foto Luiz Pedrucco

Renan Ceschin, Olympio Araújo e Zezinho Sabará formam a comissão processante. Foto: Luiz Pedruco

Por 29 votos a favor seis contra, o plenário da Câmara de Curitiba decidiu, na manhã desta segunda-feira (1), acatar o relatório do corregedor da casa, vereador Sidnei Toaldo (PRB) e abrir um processo de punição, com possível cassação de mandato, contra a vereadora Professora Ângela (PSOL) por quebra de decoro parlamentar. A vereadora foi denunciada por dois colegas – DaCosta (União) e Brunno Secco (PMB) – pela distribuição de material que, segundo a denúncia, faria “apologia ao uso de drogas”.

Votaram contra o prosseguimento do processo contra Professora Ângela, os vereadores Angelo Vanhoni, Wanda de Assis e Giorgia Prates, do PT; Camila Gonda, do PSB; Laís Leão, do PDT; e a própria Professora Ângela. Do lado dos votos favoráveis, três foram de vereadores suplentes, que compareceram à Câmara especialmente para votar: Mestre Pop (União); Jaime Fortunato (PRD) e Thiago Taffarel (PMB). Eles substituíram os denunciantes DaCosta e Brunno Secco e o corregedor Sidnei Toaldo, impedidos de votar.

Por sorteio, a comissão processante ficou formada pelos vereadores Renan Ceschin (Podemos), que assumiu a presidência, Olympio Araújo (PL), relator, e Zezinho Sabará (PSD), membro. O presidente da Câmara, Tico Kuzma (PSD), informou, ao final da votação e da escolha da comissão, que o grupo agora tem cinco dias para dar início aos trabalhos.

A vereaora foi denunciada após uma audiência públicada realizada na Câmara em que um material usado para a chamada contenção de danos, ou seja, para uso apenas com quem já ´pe usuário de drogas, acabou sendo distribuído publicamente. Neste material, os denunaciantes viram “apologia ao uso de drogas” e inclusive orientação para começar a usar algumas substâncias.

Na sessão desta segunda-feira, o plenário deliberou pela junção das representações dos vereadores DaCosta e Brunno Secco e do parecer do corregedor para serem apreciados em conjunto. Os vereadores aprovaram com 34 votos a favor e apenas um contra. Em seguida, passaram à votação que definiu o prosseguimento do processo e a escolha dos nomes da comissão processante.

Nesta fase do processo, não houve oportundiade de manifestação nem dos denunciantes, nem da denunciada. Apenas o advogado da vereadoroa professora Ângela se manifestou. Juliano Witczak citou outras denúncias feitas na casa e que não avançaram para apreciação pelo plenário, como a acusação contra Eder Borges, por suposto nepotismo.

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