Carol Dartora vê violência política de gênero e raça também no PT

Martha Feldens
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Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados

A deputada federal Carol Dartora desabafou logo após a reunião do PT que definiu o apoio do partido ao futuro candidato Luciano Ducci, do PSB, à prefeitura de Curitiba: “A violência politica de gênero e raça está absurda”, disse ela por mensagem ao blog. Questionada se se referia à reunião de hoje, ela respondeu: “Em todo esse processo… e tbm hj”.

Na sequência, Carol Dartora conversou com o blog por telefone. “A gente sente essa violência em toda a sociedade, e o PT não está fora do país em que a gente vive”, disse a deputada. Segundo ela, essa violência na política se mostra de diversas formas. “São ações de apagamento, silenciamento, tentativa de deslegitimar a mulher na política. É não colocar o nome em uma pesquisa eleitoral; o uso de adjetivos para se referir à mulher, as interrupções na fala, a hostilidade”, disse.

No processo da pré-candidatura dentro do PT, ela identifica até o incentivo à colocação de outros nomes do próprio partido como pré-candidatos “para minar quem estava melhor nas pesquisas”, no caso, ela.  Carol Dartora não citou os nomes, mas além dela eram pré-candidatos o deputado federal Zeca Dirceu e o advogado Felipe Mongruel.

A deputada diz que apoia um possível recurso ao Diretório Nacional do grupo pró-candidatura própria contra a decisão tomada hoje (27). Mas ela não pretende entrar com recurso em seu nome. “Não vou legislar em causa própria”, garante. De qualquer modo, ela vê como “muito difícil” conseguir a reversão no Diretório Nacional.

E qual será seu papel na eleição municipal? Carol Dartora diz que seguirá fazendo debates em torno de questões importantes para Curitiba e lutando por uma cidade mais justa. Questionada sobre se irá ajudar na campanha de Ducci, disse: “prefiro não responder”.

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