Tirar a carteira de motorista sem passar pela auto-escola. É isso que está em estudo no governo federal e pode virar realidade em breve.
A ideia, diz o ministro dos Transportes, Renan Filho, é baratear a CNH para as categorias A e B (de automóveis e motos), que hoje pode custar mais de 3 mil reais entre aulas e taxas. Isso caso o candidato a motorista não precise ficar repetindo exames. Esse valor poderia cair para cerca de 650 reais sem as aulas.
O ministro alega que, pelo custo do documento, muita gente dirige ou pilota motos sem habilitação. Hoje são 20 horas de aulas práticas obrigatórias para poder marcar o teste de direção no Detran. Se a nova medida for de fato implantada, é só marcar a prova. Se passar, ok, está habilitado.
Claro que as autoescolas já está reclamando. Falam em fechar muitas delas, em desemprego em massa e motoristas mal-formados circulando por aí.
Será que para baratear precisa mesmo tirar as auto-escolas do caminho? E quem vai ensinar os novos motoristas? O pai, um irmão, o amigo? E onde? Com que carro ou moto? Os carros de autoescolas, por exemplo, têm pedais para o instrutor, caso o aluno faça algum movimento errado. Mas os nossos não têm.
Tem quem diga que se trata de uma medida eleitoreira, a menos de um ano da eleição presidencial.
Enfim, é um debate que vai render. Eu tenho minhas dúvidas sobre se vale a pena essa carteira de motorista sem autoescola.
Leia também: Alexandre de Moraes quer que Complexo Médico Penal do Paraná responda sobre denúncia de maus tratos a Felipe Martins