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Comissão Processante: depois das testemunhas, professora Angela depõe na próxima quinta-feira

Martha Feldens
Maurício Stergemann comissão processante professora Angela foto Rorigo Fonseca CMC

Maurício Stergemann. Foto: Rodrigo Fonseca/CMC

O advogado criminalista Mauricio Stegemann Dieter foi ouvido nesta quinta-feira (9) na Comissão Processante da Câmara de Curitiba que analisa pedido de cassação da vereadora Professora Angela (PSOL). Na reunião desta quinta-feira (9), os vereadores Renan Ceschin (Pode), presidente, Olimpio Araujo Junior (PL), relator, e Zezinho Sabará (PSD) agendaram para daqui uma semana, na próxima quinta-feira (16), às 9h, o depoimento da vereadora à Comissão Processante.

O Processo Ético Disciplinar aberto contra professora Angela foi instaurado após denúncia formalizada pelos vereadores Da Costa (União) e Bruno Secco (PMB), que viram apologia ao uso de drogas na distribuição de uma cartilha relativa à Política de Redução de Danos em uma audiência pública realizada pela vereadora na Câmara, no dia 5 de agosto. Em sua defesa prévia, ela rebateu as acusações, defendendo a validade do material impresso.

À Câmara de Curitiba, o professor da Universidade de São Paulo (USP) Mauricio Stegemann Dieter comentou o caso concreto, objeto do PED 1/2025-CP, e explicou questões legais associadas à aplicação da Política de Redução de Danos no Brasil. Afirmou que são prerrogativas de sucesso para a Redução de Danos que haja honestidade na comunicação dirigida aos usuários, ampla publicidade e execução com linguagem simples e acessível. “Não pode se apresentar como bula de remédio”, afirmou.

Mauricio Dieter dividiu os usuários em três níveis de comprometimento, indo dos que fazem consumo episódico de drogas, que chamou de eventuais, aos problemáticos (cujo uso reiterado de substâncias psicoativas põe problemas ao convívio social, como o alcoolista que falta ao trabalho, por exemplo) e dependentes. “[O objetivo da RD] é que os usuários problemáticos não se tornem dependentes”, opinou. Ele disse compreender que o debate sobre a Política de Redução de Danos é “socialmente incômodo”, mas defendeu que a prática tem gerado resultados positivos.

Em razão das peculiaridades do Processo Ético-Disciplinar 1/2025-CP (502.00002.2025), as oitivas estão sendo gravadas em vídeo e áudio, mas o conteúdo completo será divulgado somente após a conclusão dos depoimentos, no canal da CMC no Youtube. Todas as oitivas, além das equipes dos membros da Comissão Processante, são acompanhadas por membros da Procuradoria Jurídica da CMC e da Diretoria de Apoio às Comissões. A oitiva desta quinta-feira teve a presença do advogado de defesa Juliano Pietczak.

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