Por 5 votos a 2 o Conselho de Ética da Câmara de Curitiba decidiu em reunião nesta segunda-feira (21) não acatar o recurso impetrado pela vereadora Giorgia Prates (PT), que pedia a abertura de uma investigação por nepotismo contra o vereador Eder Borges (PL). Angelo Vanhoni (PT) e Laís Leão (PDT), que participaram da reunião remotamente, votaram por acatar o recurso e abrir a investigação, mas foram vencidos pelos votos do presidente do colegiado, Lórens Nogueira (PP), e dos vereadores Carlise Kwiatkovski (PL), Brunno Secco (PMB), Guilherme Kilter (Novo) e Toninho da Farmácia (PSD).
O mesmo Conselho de Ética já havia aprovado o arquivamento da recomendação de investigação feita pelo corregedor da Câmara, Sidnei Toaldo, a partir de denúncia feita também pela vereadora Giorgia Prates, com base em reportagem veiculada pelo site The Intercept Brasil. Eder Borges é acusado de empregar em seu gabinete a filha de sua companheira. Ele, porém, negou que tivesse um relacionamento com Andrea Gois Maciel, mãe de Victoria Maciel Almeida, sua chefe de gabinete na Câmara. No recurso, Giorgia Prates apresentou novos elementos que comprovariam o relacionamento. Mas os vereadores do Conselho de Ética não acataram o recurso e o mérito do caso nem será investigado na Casa.
Eder Borges acompanhou presencialmente toda a reunião que discutiu o recurso de Giorgia Prates nesta segunda-feira.
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