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Evento aconteceu na Fiep. Foto: Ascom/Fiep

A Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) apresentou aos deputados estaduais em evento nesta terça-feira (15) à noite uma prévia do do futuro Observatório dos Pedágios. A ferramenta, desenvolvida pela Fiep, será lançada oficialmente em breve e tem objetivo de auxiliar o setor produtivo e a sociedade no monitoramento das obras previstas nos novos contratos de concessão de rodovias.

O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) comemorou a novidade. “Esse é um grande avanço no controle social, que poderá ser acompanhado por todos os paranaenses”, disse Romanelli durante o ato de lançamento da Agenda Legislativa da Fiep. “No pedágio anterior, que durou 21 anos, faltou transparência no acompanhamento dos contratos. O resultado foi tarifas altíssimas, que prejudicaram nossa economia, e obras prometidas que nunca saíram do papel”, reforçou o deputado.

Romanelli lembra que desde 1998 luta pela redução das tarifas de pedágio no Paraná. Ele articulou em 2020 a criação da Frente Parlamentar sobre o Pedágio. O grupo debateu com a sociedade, entidades como Fiep e Faep, centrais sindicais, prefeitos, vereadores e autoridades estaduais e federais um modelo de concessão mais justo, com tarifas menores e sem taxa de outorga.

O anúncio da criação do Observatório dos Pedágios foi feito durante a solenidade de apresentação da Agenda Legislativa da Fiep. Assim como em anos anteriores, a elaboração da agenda foi feita sob coordenação do Conselho Temático de Assuntos Legislativos da Fiep, com apoio técnico da Gerência de Relações Governamentais da entidade. Nesse processo, foram analisadas todas as 852 proposições protocoladas na Assembleia Legislativa em 2024. Desse total, 358 foram monitoradas com mais atenção por terem algum tipo de impacto, positivo ou negativo, para a indústria. Por fim, foram escolhidos os 23 projetos de maior relevância, que compõem a 19ª edição do documento.

Para cada uma das propostas, a Fiep aponta claramente se o entendimento do setor industrial é convergente ou divergente, justificando tecnicamente o seu posicionamento. Dos projetos selecionados, 16 são classificados como de interesse geral da indústria, divididos em seis áreas: meio ambiente (5), infraestrutura (3), sistema tributário (3), legislação trabalhista (3), inovação (1) e infraestrutura social (1). Outros sete projetos são de interesse setorial, ligados aos seguintes segmentos: telecomunicação (3), bebidas (2), alimentício (1) e energia elétrica (1).

Desse total, a Fiep tem posicionamento convergente com 13 propostas, apoiando suas aprovações, tendo ainda opinião convergente com ressalvas em relação a outras quatro. Já quanto a cinco projetos, a Federação se mostra divergente, tendo também uma proposta em que o parecer é divergente com ressalvas.

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