ponto de vista novo fusão PSDB Podemos

O avanço das negociações para uma fusão entre PSDB, Podemos e Solidariedade, que tem como um dos principais articuladores o deputado federal paranaense Beto Richa, tucano com larga história no seu partido, ex-governador de um estado importante como o Paraná, pode trazer à tona situações regionais muito peculiares.

Richa diz que as questões locais se resolverão e que a criação de uma alternativa do que chama de “centro democrático” é importante para o país. Mas aqui mesmo, nos domínios paranaenses, já se cria uma situação no mínimo curiosa. Como dizer que nomes locais da importância de Cristina Graeml, recém-filiada ao Podemos, e Fernando Francischini, principal liderança do Solidariedade, serão nomes desse centro? Os dois são grandes defensores do ex-presidente Jair Bolsonaro, maior nome da direita brasileira.

Não há dúvida de que alternativas ao centro são importantes para o processo democrático e que hoje uma boa parte dos políticos, mesmo com posições nesse campo, acaba fugindo desse rótulo para se encaixar num dos extremos que lhe pareça mais proveitoso por conta de circunstâncias eleitorais. Então, a aposta no centro é inclusive corajosa. Mas quantas situações “curiosas” como a do Paraná se repetem no resto do país nessa questão da fusão do PSDB om Podemos e Solidariedade? Vai dar certo? O tempo dirá.

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