O deputado federal Pedro Lupion (PP), presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deu entrevista ao canal CNBC Brasil e comentou os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Segundo Lupion, neste primeiro momento, o agro brasileiro tem se beneficiado da guerra comercial, aumentando suas exportações para a China, que já é um grande mercado para a nossa produção. Mas Lupion teme que a produção norte-americana possa ficar com excedentes que levem a uma desvalorização significativa de produtos como a soja, por exemplo.
“Houve aumento na venda de soja para a China. Duas grandes compras já na semana passada apresentaram um número que representa praticamente 20% das compras totais da China, das importações totais da China saindo aqui do Brasil. Houve a desabilitação de duas grandes multinacionais dos Estados Unidos, e passaram a comprar aqui no Brasil. Então, já começou a embarcar mais soja para nós”, contou Lupion na entrevista.
“Nesse primeiro momento a gente tem conseguido aproveitar. Tendo uma tarifa maior para os nossos concorrentes, a gente consegue abrir novos mercados. E a China compra mais da gente. Lembrando que a China já é responsável por mais de metade das exportações do agro brasileiro. A gente precisa tomar cuidado para não botar todos os ovos na mesma cesta, aumentando essa participação chinesa”, disse Lupion sobre os primeiros efeitos da guerra comercial.
“Mas a minha preocupação é o excedente de estoques de soja nos Estados Unidos. Vamos lembrar que soja, milho, as nossas commodities são Chicago. a Bolsa de Chicago que cuida disso e bota o preço. Se tiver um excesso de oferta nos Estados Unidos, um volume muito grande lá, esse preço vai cair, o bushel (unidade de volume equivalente 60 libras ou 27,2155 kg) vai cair muito. E isso poderia ter um impacto direto para os produtores brasileiros. Esse é um ponto de atenção de muita preocupação para nós.”
Lupion publicou um trecho dessa entrevista no seu perfil no Instagram. Na legenda, ele reforçou a sua preocupação. “Hoje participei ao vivo do canal CNBC Brasil, um dos principais veículos de economia e negócios do mundo. Falamos sobre a guerra comercial entre China e Estados Unidos e os impactos dessa disputa para o agronegócio brasileiro, especialmente na venda da soja. Expliquei como esse cenário afeta a nossa relação com a China, nosso maior parceiro comercial, e o que estamos fazendo para proteger o produtor rural e garantir segurança no comércio internacional. Seguimos firmes na defesa do agro!”
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