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O senador Sergio Moro, pré-candidato ao governo no ano que vem e que lidera as pesquisas de intenção de voto no estado, disse nesta sexta-feira ao assinar a ficha de filiação da jornalista Cristina Graeml ao União Brasil que o seu objetivo é “unificar a direita e a centro-direita para as eleições do próximo ano aqui no Paraná”. Moro reiterou que não é oposição ao governador Ratinho Junior (PSD) e disse que o avdersário em comum de ambos é “o PT e os aliados do PT, um sistema que muitas vezes orbita ali a sua volta”.

Cristina Graeml, que estava no Podemos desde fevereiro deste ano, entra no partido para tentar uma das duas vagas ao Senado na eleição do ano que vem. Tanto ela como Moro admitiram que a direita pode perder a eleição presidencial, mas enfatizaram a importância de ter nomes de peso no Senado. “Ainda que eventualmente percamos a luta em Brasília, que acredito nós vamos ganhar, mas vamos supor que o pior possa acontecer, nós vamos ter aqui a nossa bandeira”, disse Moro. “Nós vamos mostrar que o Paraná pode ser diferente, que pode resistir a essa desgovernança, a esse descontrole, a esse crescimento da corrupção e do crime organizado”, completou.

A jornalista foi no mesmo tom: “E se acontecer algo que a gente não queira em nível de executivo nacional, pelo menos dentro de um Senado forte a gente pode fazer frente aos descaminhos que a gente vem enfrentando no Brasil. Nesse contexto, me coloco com muita gratidão, com muita humildade, mas também com muito senso de responsabilidade nessa pré-candidatura para o Senado. A intenção da pré-candidatura para o Senado não é só ser uma voz forte num corpo de senadores mais atuante, mais corajoso, mas também levando o Paraná para ter mais projeção no Brasil”, disse ela.

Moro e Cristina não gostaram quando foram questionados por um jornalista sobre a acusação que foi feita esta semana ao presidente nacional do União Brasil, de que aviões de sua propriedade teriam sido usados por integrante de uma facção criminosa.

Moro pediu para responder: “Eu vou falar o seguinte, de maneira muito clara. Primeiro, isso aqui é um movimento de renovação política no Paraná. Nós estamos diante de uma jornalista que se destacou enfrentando a corrupção nos grandes escândalos que tiveram no nosso estado, chamado de área secreta. Foi corajosa, assim como corajosa agora, na eleição do ano passado, a praticamente sozinha chegar ali, claro, com o seu grupo, e chegar ali o segundo turno. Do outro lado, você tem aqui alguém falando que é o único Ministro de Justiça e Segurança Pública ameaçado pelo PCC no país. Outros não são. Porque a gente foi pra cima, teve a coragem de mexer onde ninguém tinha coragem de mexer. Em relação a essa questão da União Brasil, vamos aguardar essas investigações, mas o senhor esqueceu de dizer que essa testemunha que o senhor mencionou é filiada ao PSOL. Vamos aguardar os desdobramentos. Não existe ali nenhuma solidez. Do outro lado, o que nós verificamos é que essas denúncias surgem exatamente no momento em que a União Brasil abandona a base do governo. Qual é a coincidência?”, disse Moro

Neste momento, Cristina Graeml pediu para que os jornalistas se ativessem ao tema de sua filiação e sua pré-candidatura ao Senado. “A gente só queria, por questão de tempo e tudo mais, que focassem na questão da filiação, da pré-candidatura ao Senado, da pré-candidatura ao governo, da nossa união, da nossa força, da nossa coragem para enfrentar o que precisa ser enfrentado no Paraná e no Brasil”, disse ela.

Moro referiu-se também à conversa que teve com o governador Ratinho Junior nesta semana e um eventual apoio dele à sua candidatura. Disse que o governador não definiu qualquer apoio e reforçou que não é adversário do atual titular do Palácio Iguaçu.

Tanto Moro quanto Cristina pouco citaram a federação União Progressista, que junta o União Brasil com o Progressistas, partido esse que no Paraná também já lançou pré-candidatura ao governo, a ex-governadora Cida Borghetti.

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