Uma fala do deputado Ricardo Arruda (PL) com xingamento à deputada Luciana Rafagnin (PT) na sessão desta terça-feira (12) da Assembleia Legislativa, virou um grande bate-boca e praticamente se tornou assunto único na casa. A sessão, presidida pela vice-presidente da Assembleia, deputada Flavia Francischini (União), em substituição ao titular, Alexandre Curi (PSD), que viajou a Brasília, teve manifestações de solidariedade à deputada Luciana e muitas falas contra a manifestação de Arruda.
O deputado Ricardo Arruda, que usa praticamente todas as sessões da Assembleia para atacar o governo federal e o PT, respondeu a uma fala da sessão de segunda-feira (11) da deputada Luciana Rafagnin em que ela fez a defesa do governo federal. Arruda chamou Luciana Rafagnin de “cara de pau” e usou seu discurso habitual de ataques ao PT e seus representantes. A presidente da sessão precisou intervir e até cortar a fala de Arruda, após tê-lo advertido de que estava desrespeitando o regimento ao atacar uma colega de Legislativo.
As reações vieram de todos os lados. Em solidariedade à Luciana Rafagnin manifestaram-se seus colegas de bancada Arilson Chiorato, que anunciou medidas contra Arruda, Renato Freitas e Doutor Antenor. Pela bancada feminina, a deputada Mabel Canto (PP), pediu respeito e lembrou a trajetória da deputada petista na casa. O deputado Ademar Traiano (PSD) disse que Luciana Rafagnin é “uma deputada brilhante”.
O deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) foi além. Disse que “a Casa não aguenta mais todo dia o mesmo discurso” e pediu que a votação do novo Código de Ética da Assembleia aconteça o quanto antes. Nesse momento, houve um bate-boca pessoal entre Romanelli e Arruda, com os dois ameaçando fazer revelações um do outro.
O deputado Denian Couto (Podemos) subiu à tribuna para reclamar com veemência que a casa estava discutindo temas que não são do interesse da população paranaense, enquanto perde tempo com debates banais. Vários deputados se manifestaram elogiando sua fala e cobrando o fim do bate-boca.
Cristina Silvestri, deputada do PP, foi enfática: “Está insuportável. Não tenho a mínima vontade de estar aqui nesta casa”, disse ela em aparte ao discurso de Denian Couto. Outros deputados concordaram. “É improdutivo e desconfortável”, disse o deputado Reichembach (PSD).
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