
O prefeito Eduardo Pimentel (PSD) divulgou uma nota comentando a notícia divulgada nesta quinta-feira (8) pelo blog Politicamente de que o Ministério Público Eleitoral (MPE) pediu a cassação do registro da sua chapa na eleição municipal do ano passado por abuso de poder político e de autoridade. Segundo a notícia, a promotora eleitoral Cynthia Maria de Almeida Pierri considerou que houve coação de funcionários da prefeitura para participar de um jantar de adesão do PSD em apoio à campanha da chapa Eduardo Pimentel/Paulo Martins no restaurante Madalosso, em Curitiba. Na nota, Pimentel nega.
“Repudio toda e qualquer atitude que possa configurar ameaça ou constrangimento a servidores públicos. O evento em questão foi organizado pelo PSD e não pela candidatura, que usou apenas recursos do Fundo Eleitoral e doações de pessoas físicas no limite da lei. Respeito o parecer do Ministério Público, mas ressalto que se trata da opinião da promotoria. Aguardo a decisão judicial, com a certeza que o caso será arquivado, já que não há nenhum fato que demonstre que a campanha tinha conhecimento ou deu anuência para qualquer ato irregular”, disse o prefeito na nota.
O parecer da procuradora foi feito em ação impetrada pela então candidata Cristina Graeml (então no PMB e hoje no Podemos), adversária de Pimentel no segundo turno da eleição municipal do ano passado. A procuradora considerou que houve uso da máquina administrativa da prefeitura em favor do candidato da situação. Ela pede inclusive a inelegibilidade de Pimentel e do então prefeito, Rafael Greca (PSD). Um jantar realizado em 3 de setembro deveria arrecadar fundos para a campanha eleitoral e servidores da prefeitura teriam sido coagidos a comprar ingressos que iam de R$ 750 a R$ 3 mil.
O próximo passo é o encaminhamento desse parecer à Justiça Eleitoral. Seja qual for a decisão, há possibilidade de recurso.