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Foto: Kraw Penas/Seec

Um projeto de lei do vereador Angelo Vanhoni (PT) pretende tornar as rodas de samba de Curitiba Patrimônio Cultural e Imaterial da cidade. Na proposta apresentada na Câmara de Curitiba, Vanhoni cita mais de 70 locais de Curitiba que abrigam rodas de samba e lembra um pouco da história do ritmo entre os curitibanos.

“Há um falso imaginário de que Curitiba é uma cidade que não tem samba. Entretanto, em Curitiba, as rodas de samba são um dos principais meios de transmissão do saber popular e da cultura do samba”, diz a proposta de Vanhoni, que chama ainda a atenção para a importância da valorização da cultura e a preservação da memória. 

O projeto de Vanhoni explica que a história do samba na capital tem forte relação com a “Escola de Samba Colorado, localizada na Vila Tassi, região que hoje corresponde aos bairros Jardim Botânico e Prado Velho, próxima à Vila Capanema, desde 1944”. A escola, continua, “que foi comandada por Ismael Cordeiro, o Maé da Cuíca, tocou diversas vezes no centro da cidade, mostrando seu samba, sua batucada, sua arte e sua ginga”.

As rodas de samba se caracterizam pela reunião de pessoas, normalmente em um círculo, para cantar, dançar e tocar instrumentos – como a cuíca, que deu o apelido a Ismael Cordeiro. A proposição defende que essa prática cultural deve ser protegida para evitar “a mitigação de sua importância cultural na cidade” e pela sua relação com “os territórios da cidade, a valorização da cultura do samba em Curitiba, e o reforço aos laços de pertencimento levados a cabo a partir dessas manifestações”. 

O projeto de lei foi protocolado no dia 16 de junho e está sob análise da Procuradoria Jurídica da Câmara de Curitiba (Projuris). Após receber uma instrução técnica, será avaliado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a qual decidirá se o projeto está apto a ser discutido na CMC ou se será arquivado. Se admitido pela CCJ, será apreciado pelas demais comissões temáticas do Legislativo, antes de ser levado para votação em plenário. Se aprovada pelos vereadores e sancionada pelo prefeito, a lei entra em vigor na data da sua publicação no Diário Oficial do Município.

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