queijo colonial patrimônio aprovado
Foto: Orlando Kissner/Alep

Oito deputados assinam o projeto de lei que declara o queijo colonial do Sudoeste do Paraná como Patrimônio de Natureza Cultural Imaterial do Estado, aprovado nesta segunda-feira (29) em primeiro turno na Assembleia Legislativa. O projeto cita que a história da produção do queijo colonial, especialmente do produzido nos 42 municípios do Sudoeste do Paraná, acompanha a própria colonização da região e a formação dos antigos povoados e, por consequência, o desenvolvimento local.

A proposta foi inicialmente apresentada pelo deputado Reichembach (PSD), mas acabou ganhando a coautoria de Gilson de Souza (PL), Gilberto Ribeiro (PL), Evandro Araujo (PSD), Batatinha (MDB), Luiz Fernando Guerra (União), Luciana Rafagnin (PT) e Luiz Claudio Romanelli (PSD). Na justificativa, os autores dizem que a forma de produção, a criação do gado leiteiro e as próprias pastagens locais fizeram com que queijo colonial do Sudoeste ganhasse características únicas. E o projeto veio em reconhecimento a essas peculiaridades e à importância do produto para a região.

“Desde a criação dos primeiros municípios do Sudoeste (Clevelândia e Palmas), o queijo colonial sempre fez parte dos produtos originais daqueles colonizadores, sendo consumidos, primeiramente, em todo o Estado do Paraná, seguindo-se a sua destinação para diversos destinos de todo o Brasil”, diz a justificativa.

O queijo colonial que agora deve se tornar patrimônio é um produto com origens históricas ‘importadas’ dos colonizadores italianos, mas essas origens foram adaptadas conforme as condições e a matéria-prima locais. O texto do projeto de lei ressalta que o queijo colonial se tornou produto típico do Sudoeste e ganhou prêmios em concursos nacionais e internacionais.

O Sudoeste conta com aproximadamente 60 queijarias formais e em torno de 100 iniciativas com potencial de legalização. A região faz parte da Rota do Queijo Paranaense, que contempla queijarias em diferentes regiões do Estado, regularizadas por um dos sistemas de inspeção sanitária (SIM, SUSAF, SIP, SISBI e SIF).

Além disso, os produtores estão organizados em uma associação que encaminha o registro de Indicação Geográfica para o queijo colonial do Sudoeste.

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