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Ratinho com dirigentes do Santander. Foto: Jonathan Campos/AEN

O governador Ratinho Junior (PSD) esteve nesta quinta-feira (25) em Madri, na Espanha, com dirigentes mundiais do Grupo Santander para discutir uma parceria com o banco para auxiliar pequenos produtores da fruticultura com financiamento. No seu perfil no Instagram, o governador falou sobre o encontro.

Segundo o governo do estado, o Santander atua com linhas similares no Chile e no Peru e o Paraná pode ser a porta de entrada para esse tipo de parceria no País, considerado um estado estratégico devido a sua forte produção agrícola, infraestrutura robusta e logística eficiente.

A Invest Paraná, agência de captação de investimentos do Estado, vai ficar responsável por oferecer consultoria aos pequenos produtores sobre como acessar as linhas de crédito oferecidas ao setor, enquanto que o Santander vai oferecer condições diferenciadas para a fruticultura paranaense.

Ratinho Junior destacou a importância das parcerias para fortalecer as vocações do Estado.
“Desde o início da nossa gestão estamos buscando agregar valor à produção paranaense, deixando de vender apenas commodities e industrializando os produtos, embalado e com marca paranaense. Com a fruticultura não é diferente. Podemos potencializar a nossa produção com o apoio de quem já fez isso em outros países e deu certo”, afirmou.

Eduardo Bekin, diretor-presidente da Invest Paraná, falou dos bons resultados de experiências do banco em outros lugares. “Ter uma instituição como o Santander ajudando o Paraná a fortalecer setores estratégicos da nossa economia, como a agricultura e, mais especificamente, a fruticultura, é de extrema valia. Eles já realizam esse tipo de ação em outros países com resultados exitosos e agora querem que o nosso Estado seja exemplo para o Brasil nesse tipo de ação”, disse.

Ainda de acordo com o governo estadual, a fruticultura vem ganhando espaço no Paraná a partir da diversificação. Com condições de clima e solo que permitem aos produtores cultivarem tanto frutas tropicais, como manga, banana e abacaxi, quanto de clima temperado, como maçã, uva e morango, a produção paranaense alcançou um Valor Bruto de Produção (VBP) em 2024 de R$ 3,9 bilhões, aumento de 37% em relação ao ano anterior, de R$ 2,9 bilhões.

São ao menos 38 espécies diferentes de frutas produzidas no Paraná, além de 21 espécies de mudas frutíferas. Ao todo, são cerca de 27 mil fruticultores que cultivam em uma área de 53,6 mil hectares, com a produção chegando a 1,3 milhão de toneladas. Frutas como lima ácida tahiti, goiaba, abacate, caqui e banana vêm ganhando mercado em outros países. Entretanto, os mercados regionais e as redes supermercadistas figuram como os principais compradores de frutas.

Como forma de apoiar a produção, o governo lançou em 2024 o programa Irriga Paraná, que auxilia os produtores na aquisição de equipamentos de irrigação com linhas de crédito com juros subsidiados. A região Noroeste, por exemplo, que possui a maior área agricultável coberta com esse sistema, é uma das maiores produtoras de frutas cítricas do País, ramo mais representativo da fruticultura paranaense.

O Sistema Estadual de Agricultura (SEAGRI) vêm atuando para reorganizar a cadeia produtiva da fruticultura e, principalmente, dar apoio aos produtores. Nos últimos dois anos alguns segmentos, entre eles a citricultura, apresentaram uma expansão, com 4.000 hectares de novos pomares implantados. O Governo do Estado também criou o Programa de Revitalização da Viticultura Paranaense (Revitis) para recuperar e ampliar o cultivo de uva em todo o estado.

O programa Coopera Paraná atua no fortalecimento do sistema de produção e organização da cadeia produtiva. A assistência técnica está apresentando novas oportunidades para os produtores, como o cultivo de pitaya e abacaxi. Na região Centro-Sul, a produção e comercialização de frutas de caroço (como ameixa, pêssego e nectarina) é o foco das atenções, bem como o cultivo de kiwi, caqui e maçã.

Estiveram no encontro o secretário da Comunicação, Cleber Mata; o diretor-presidente da Fomento Paraná, Claudio Stabile; o diretor de Relações Internacionais e Institucionais da Invest Paraná, Giancarlo Rocco; Luiz Félix, Head Of Global Asset Allocation & Macro do Santander; José Mazy, CIO Global da instituição; e Luca Fedele, Institutional Sales do banco.

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