O Brasil tem hoje 29 partidos políticos registrados? Muito? Sim, mas já foram mais. Provocado pela cláusula de barreiras da legislação, que para 2026 exige 2,5% dos votos válidos e ao menos 13 deputados federais eleitos para que um partido tenha acesso a fundo partidário e eleitoral e tempo no horário gratuito da TV e do rádio, agora está em marcha um grande movimento entre as diferentes siglas para fazer fusões ou se unir em federações e reduzir significativamente esse sistema partidário fragmentado, que confunde os eleitores e pouco tem a ver com posições ideológicas de fato. Há quem diga que, ao final dessa movimentação, haverá uma grande redução e sobrarão cinco ou seis partidos maiores. E isso já deve ter reflexos nas eleições gerais do ano que vem.
Ontem (18) à noite, o Progressistas, aprovou uma federação com o União Brasil. Os dois já são grandes. Juntos, terão 109 deputados federais e 13 senadores, caso a federação seja viabilizada.
Outro partido já grande que vem atraindo siglas menores é o PSD, do governador Ratinho Junior. Na eleição municipal, o PSD elegeu quase 900 prefeitos no país. Tem 45 deputados federais e aqui no Paraná tem a maior bancada na Assembleia, com 16 deputados. E está atraindo governadores de outras siglas, como Raquel Lyra, eleita pelo PSDB como governadora de Pernambuco
Partidos que hoje têm menos representantes, o PSDB e o Podemos ensaiam fusão e depois querem fazer federação com o MDB.
Enfim, essa redução no número de partidos é uma movimentação importante, que está em pleno andamento. E que terá reflexos também na governabilidade dos eleitos para o Executivo.