O deputado estadual Renato Arruda anunciou nesta terça-feira (30) na Assembleia Legislativa que vai protocolar um pedido de cassação do mandato do deputado Ricardo Arruda (PL). Conforme noticiado nesta terça-feira pelo blog Politicamente, o Ministério Público acusa Arruda de enriquecimento ilícito por meio de um esquema de “rachadinha” e cobra a devolução de R$1.045.170,80 aos cofres da Assembleia.
“A máscara de honestidade de Ricardo Arruda, assim como a de seus correligionários, está caindo. O rei está nu, e vemos sua verdadeira face: cruel, abjeta, desonesta, defensora da morte, perpetuadora da desigualdade e alinhada aos corruptos tradicionais do país. Eu, aqui nesta Casa, pedirei a cassação de Ricardo Arruda”, disse Renato Freitas.
O MP diz que Arruda utilizava cartões de crédito adicionais em nome de assessores da Assembleia Legislativa, incluindo servidores da Corregedoria, enquanto ocupava o cargo de corregedor. Os valores teriam sido destinados a despesas pessoais, como viagens internacionais, hospedagens em hotéis e até o pagamento da fatura do cartão de crédito da esposa do deputado. O esquema foi revelado em delação premiada de um ex-chefe de gabinete do deputado.
Ao blog Politicamente, a defesa do deputado Arruda disse que ainda não havia sido notificada da denúncia e que, por isso, não se manifestaria.
Ricardo Arruda foi um dos deputados – o outro foi Tito Barichello(União) – que denunciaram Renato Freitas por suposta quebra de decoro parlamentar em manifestação de servidores públicos na Assembleia em junho de 2024. Renato Freitas teria facilitado a entrada dos manifestantes no plenário, e esses manifestantes teriam promovido depredações no prédio. O deputado petista chegou a ser sancionado pelo Conselho de Ética da Assembleia, com retirada de suas prerrogativas parlamentares por 30 dias. Porém, Freitas conseguiu reverter a decisão na Justiça.
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