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Foto: Eduardo Matysiak

O ex-governador Roberto Requião, pré-candidato à prefeitura de Curitiba pelo pequeno Mobiliza, espera os resultados das pesquisas eleitorais com seu nome, que estão em andamento na cidade. Ele acredita que a depender do resultado, pode conseguir alianças para viabilizar a sua candidatura. Ao blog, Requião disse que sabe da dificuldade de concorrer apenas com seu partido, sem tempo de televisão e com poucos recursos financeiros. Hoje são duas pesquisas em campo: da Futura Inteligência e da Paraná Pesquisas. ambas com divulgação de resultados prevista para a semana que vem.

“Vamos tentar fazer uma coligação. Se não, vão ganhar com a máquina, não tem adversário possível. Eu podia ir para a praia, mas seria uma falha minha. Estou tentando fazer alguma coisa pela cidade”, disse o pré-candidato. “A cidade é uma máquina de morar. Ser prefeito não é uma brincadeira para quem é mais bonito, neto do Paulo. Curitiba tem uma receita maravilhosa, que deve ser usada em mobilidade, educação, saúde pública”, citou. O candidato do PSD, Eduardo Pimentel (PSD), que tem apoio do atual prefeito, Rafael Greca, e do governador Ratinho Júnior, é neto do ex-governador Paulo Pimentel.

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“O negócio era cancelar o Requião”

“Vamos ver o que vai acontecer. Primeiro não colocaram meu nome nas pesquisas. O negócio era cancelar o Requião”, queixou-se. Esse cancelamento também passou pela falta de opções de partidos para se filiar quando deixou o PT, em fins de março. Depois de muitas críticas ao governo Lula, sobretudo na política econômica, e desavenças com o PT local, o ex-governador anunciou sua desfiliação sem divulgar para qual sigla iria. Foi uma surpresa sua entrada no Mobilizar o anúncio que é pré-candidato a prefeito de Curitiba, posto que ele ocupou entre 1985 e 1989.

Ele traça um paralelo entre sua situação agora e a da eleição de 1985. “Eu tinha 2% nas pesquisas e o Lerner (Jaime Lerner, ex-prefeito e ex-governador, morto em 2021) tinha 85%. Eu ganhei a eleição”, lembra. Naquela época Requião estava no PMDB. “Eu ganhei pelas minhas propostas”, diz.

Depois daquela gestão na prefeitura de Curitiba, Requião foi governador três vezes e senador. Em 2022, pelo PT, foi candidato ao governo do Estado mais uma vez, mas perdeu ainda no primeiro turno para o governador Ratinho Junior (PSD), que estava em pleno mandato.

Uma frota pública

O ex-governador tem críticas ao projeto da prefeitura de adquirir ônibus elétricos para a frota do transporte coletivo da cidade. “O ônibus elétrico é igual ao avião supersônico. Muito bom, mas tem um custo altíssimo. A população precisa de mobilidade”, diz. Ele lembrou que na sua gestão criou uma frota pública. “Baixamos a tarifa com o pagamento por quilômettro rodado. Com frota pública e operação privada”.