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Romanelli: “como brasileiro, fiquei constrangido de ver uma gigante bandeira norte-americana no Dia da Independência brasileira”

Martha Feldens
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Deputado Luiz Claudio Romanelli. Reprodução TV Assembleia

O deputado Luiz Cláudio Romanelli (PSD) disse nesta terça-feira em pronunciamento na Assembleia Legislativa que, “como brasileiro”, ficou “constrangido de ver manifestantes estendendo uma gigante bandeira norte-americana em uma manifestação no Dia da Independência brasileira, no Dia da Pátria”. Romanelli se referiu à manifestação a favor da anistia e do ex-presidente Jair Bolsonaro realizada no último domingo na Avenida Paulista, em São Paulo, em que os participantes abriram uma enorme bandeira dos Estados Unidos, como um sinal de apoio às medidas que o presidente daquele país vem tomando contra o Brasil.

“Eu entendo que as manifestações que são feitas no Brasil são muito bem-vindas como expressão da democracia do nosso país. Eu me senti constrangido, como brasileiro, de ver manifestantes estendendo uma gigante bandeira norte- americana em uma manifestação no dia da independência brasileira, no dia da pátria, estendendo a bandeira americana e eu realmente eu não consigo compreender isso”, disse Romanelli.

Em seguida, o deputado lembrou que “a economia brasileira está sob ataque”. E explicou: “Eu não me refiro nem a sanções que estão sendo impostas a alguns brasileiros. Eu me refiro de fato a centenas de trabalhadores que já perderam o seu emprego, de empresas que estão perdendo grande parte do seu faturamento e efetivamente do prejuízo que a nação como um todo terá por conta da imposição de uma tarifa de 50% para as exportações para os Estados Unidos da América.”

Romanelli falou da preocupação com a democracia. “Eu entendo que o desafio que nós temos neste nosso país aqui é justamente fazer com que a democracia prevaleça. Há 40 anos, eu era muito jovem ainda e lutei como tantos que estão aqui. Nós lutamos pelas liberdades públicas, pelo fim de uma ditadura militar que havia nesse país aqui. Lutamos pela liberdade, pela justiça social. Faz 40 anos que o Brasil se tornou um país democrático. A nossa democracia tem resistido a tudo e a todos e é assim que nós devemos ser”, disse também.

“Nós vivemos num Estado democrático de direito. O Brasil é um país que tem soberania e nós temos que respeitar as regras desse processo todo. A gente pode gostar ou não gostar do ministro Alexandre de Moraes. Agora, entendo que, claro, muitos têm divergências e colocam todos os males do Brasil nas costas do Alexandre de Moraes. Eu entendo que isso faz parte do processo democrático. O que nós não podemos é nos perder no caminho da defesa da democracia”, continuou.

Por fim, o deputado falou sobre eleição e defendeu o nome de Ratinho Junior para a presidência. “Se amanhã o Brasil tiver um governo de direita, que seja um bom governo de direita. Eu, por exemplo, defendo uma candidatura de centro, uma candidatura que foge desse debate, desse perfil, debate ideológico entre esquerda e direita. Eu defendo a candidatura do nosso governador, o Ratinho Júnior, que indiscutivelmente é o homem mais preparado que tem. Por que nós não podemos ter uma pessoa normal governando o nosso país? Uma pessoa que tem começo e meio e fim em todas as suas ações e suas falas. Entendo que nós, do PSD, temos sim um caminho a ser percorrido e, certamente, vamos estar participando desse debate nacional com o nome do governador Ratinho Júnior à presidência da República.”

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