Em entrevista nesta quinta-feira (21) à rádio Graúna, de Cornélio Procópio, o deputado Luiz Claudio Romanelli (PSD) disse que o Brasil precisa defender a democracia. “Não dá para transigir com quem atenta contra a democracia. A democracia é o bem mais sagrado de um povo. É o que me permite vir na rádio ou nas redes sociais e falar o que eu penso, assim como qualquer pessoa tem o direito de manifestar opinião. Ninguém é livre em uma ditadura”, disse Romanelli.
O deputado comentou a prisão de militares do Exército e de um policial federal no âmbito da Operação Contragolpe, que investiga um plano para matar o presidente Lula (PT), o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro Alexandre de Moraes (STF). “Li o relatório da Polícia Federal e a ação está muito bem documentada. Não se trata do pensamento em matar pessoas. Há atos preparatórios e até executórios”, apontou. Hoje à tarde, a Polícia Federal divulgou a finalização do inquérito e o indiciamento de 37 pessoas, entre elas o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Tudo que estamos observando é muito grave e exige uma punição exemplar. Ao que parece, não se trata do planejamento de um homicídio e sim de um ato contra a democracia. Um golpe”, disse Romanelli. “Segundo os documentos e áudios, eles abortaram a ideia por alguma razão. Mas as investigações vão demonstrar as responsabilidades de cada um”, acrescentou o deputado.
Romanelli lamentou o uso político de pessoas para desestabilizar a democracia, citando o episódio de 8 de janeiro de 2023. “Muitos que participaram daquilo talvez estivessem lá para manifestar alguma posição e foram usados. Políticos induziram o cometimento de crimes. Não tem que deixar quem tem compromisso com golpe de estado impune”, considerou o deputado. “A gente ganha e perde eleições, respeita o resultado é vida que segue, e ponto. A democracia é assim”.
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