A decisão da bancada do PDT na Câmara dos Deputados, de deixar a base do governo Lula, após a demissão do ministro da Previdência, Carlos Lupi, motivada pelo escândalo dos descontos irregulares em aposentadorias do INSS, pode acelerar a filiação do deputado estadual Requião Filho e do seu pai, o ex-governador Roberto Requião ao partido.
As conversas já foram iniciadas há meses, mas não avançavam primeiro porque Requião Filho precisava do aval da Justiça Eleitoral para deixar o PT sem qualquer risco de perda do mandato de deputado estadual. Como o PDT estava no governo federal e os Requião, pai e filho, tinham muitas divergências com o PT e Lula, a filiação foi sendo adiada.
Requião Filho, que já se colocou como pré-candidato à sucessão do governador Ratinho Junior (PSD), prefere ingressar em um partido que tenha candidato ao governo federal e proporcione um palanque consistente também para a eleição regional. Ciro Gomes (PDT) mais uma vez pretende ser candidato e, agora, com condições de fazer oposição ao governo federal.
Requião Filho tem aparecido com índices significativos em pesquisas de intenção de voto, em segundo ou terceiro lugar, a depender do cenário apresentado. A expectativa dele é de que, com partido e exposição como postulante de fato ao cargo de governador, possa crescer na preferência do eleitorado.
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