Será que nossos vereadores estão muito sensíveis às críticas?

Martha Feldens
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Depois da Assembleia Legislativa, agora é a vez da Câmara Municipal de Curitiba anunciar mudanças no seu Código de Ética. O presidente da casa, vereador Tico Kuzma, anunciou na segunda-feira (6), na sessão de reabertura dos trabalhos legislativos, que pretende colocar em pauta propostas de mudanças no código em vigor e deu a entender que hoje há vereadores confundindo discordância política e ideológica com ofensa pessoal.

Um dos argumentos usados pelo presidente da Câmara é o número expressivo de queixas feitas por vereadores contra colegas de legislativo. Foram abertas 16 sindicâncias na Corregedoria da Câmara no primeiro semestre, um recorde, a maioria envolvendo reclamações de supostas ofensas e ataques pessoais. Boa parte delas já foi descartada pela própria Corregedoria ou no Conselho de Ética.

Para o presidente da Câmara este número é alto e inclui reclamações que nem deveriam ser feitas.

Será que os vereadores estão muito sensíveis às críticas? Ou tentam intimidar os críticos?

Há casos em que de fato a queixa é pertinente, mas tentar intimidar colegas com pedidos de investigação a toda hora também não contribui com o bom funcionamento de uma casa legislativa.

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