Sob chuva e com a Boca Maldita tomada por manifestantes, Curitiba fez neste domingo o seu ato público contra a aprovação da PEC da Blindagem, a proposta de emenda da Constituição que dá aos políticos o direito de não ser investigado ou processado sem o aval dos legislativos. A proposta foi aprovada pela Câmara dos Deputados na semana que passou e agora está no Senado. A pressão popular é para que o Senado arquive a PEC.
Em Curitiba, a manifestação reuniu políticos de esquerda, lideranças de movimentos sindicais e uma multidão que pedia não só o arquivamento da PEC, mas também a rejeição do projeto de anistia aos envolvidos na trama golpista de 2022/2023. “Sem anistia” foi uma das expressões mais utilizadas pelos animadores do ato e seguidas pelas pessoas que se aglomeraram desde o começo da Praça Osório até o trecho em que fica o bondinho da Rua XV.
Entre os políticos presentes, falaram ao públicos os deputados federais Carol Dartora e Tadeu Veneri, do PT, os estaduais Renato Freitas (PT) e Goura (PDT). Renato Freitas lembrou que a aprovação da PEC da Blindagem poderia beneficiar criminosos como um ex-deputado federal que foi condenado por homicídio e ficou conhecido como “deputado da motosserra.” Foi justamente por causa desse deputado – Hildebrando Pascoal (Freitas não citou o nome), que em 2001 essa prerrogativa parlamentar foi limitada e os crimes comuns passaram a não ter mais proteção.
O ato na Boca Maldita até por volta das 15h30, quando os manifestantes saíram em caminhada pela Rua XV e depois pela Rua Riachuelo em direção à Praça 19 de dezembro (Praça do Homem Nu) onde foi encerrado.
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