
O direito a se desconectar. Um projeto do deputado Arilson Chiorato, do PT, que deu entrada na Assembleia Legislativa, quer garantir aos servidores públicos o direito à desconexão. Isso significa não mais estar à disposição de seus chefes a qualquer momento via aplicativos de mensagem, por exemplo. E, se for ficar à disposição, que o servidor seja pago por isso.
A proposta veio depois de muitas denúncias de sobrecarga a servidores, algumas até relacionando a morte de duas professoras dentro de escolas com essa demanda permanente que a tecnologia propicia.
Mas a verdade é que essa demanda excessiva da conexão permanente atinge praticamente todos os trabalhadores. Antes, ficavam de sobreaviso profissionais cujas funções necessariamente exigem esse plantão permanente, como policiais, jornalistas, médicos. Mas ainda assim, as escalas garantiam o descanso. Hoje, a rigor, todos estão conectados o tempo todo e ao alcance das cobranças de todos.
Especialistas em saúde mental vêm falando muito sobre isso e recomendando períodos de desconexão. E aí a proposta do deputado ganha chance de avançar. E essa iniciativa pode gerar outras, que cheguem também à iniciativa privada.
Necessária e saudável, essa desconexão precisa ser levada a sério tanto por quem trabalha quanto por quem emprega. Para evitar um burnout geral.
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