Um ofício lido no começo da sessão desta segunda-feira (5) da Assembleia Legislativa informou ao Legislativo que o Órgão Especial do TJ (Tribunal de Justiça) acatou denúncia feita pelo Ministério Público contra o deputado estadual Ricardo Arruda, do PL, e outras três pessoas. A comunicação do TJ à Assembleia cumpre exigência constitucional, que dá ao Legislativo a prerrogativa de pedir a suspensão do processo até o fim do mandato do deputado. Em fala rápida na tribuna, o deputado disse que não vai pedir a suspensão. “Não devo nada, sei que sou inocente. Confio na Justiça do Paraná”, disse Arruda.
O ofício foi encaminhado pelo desembargador Claudio Smirne Diniz, relator da ação penal 0019482-20.2017.8.16.0000, por peculato. São réus nessa ação, além do deputado Ricardo Arruda, Débora Moreira Cezar, Fernando Aparecido Julião e Fabio Abel Manfrin Nonato. A ação tramita desde 2017. O MP aponta uma série de irregularidades que configurariam o crime de peculato. O deputado chegou a ser alvo de uma operação do Gaeco em 2023 nesta mesma investigação.
Jeffrey Chiquini, advogado do deputado Ricardo Arruda, disse que o seu cliente é inocente. “Em relação ao ofício encaminhado pelo órgão especial do Tribunal de Justiça do Estado do Paraná à Assembleia Legislativa para a possível suspensão do curso do processo, já antecipamos ao presidente da casa e aos pares que não temos interesse que esse processo seja suspenso. E por quê? Porque o inocente quer sua inocência declarada. O inocente quer ser inocentado”, disse.
Segundo Chiquini, “não há aqui qualquer margem para se discutir a suspensão de um processo em que o deputado é manifestamente inocente. Temos a convicção de que a inocência será demonstrada e a absolvição será o único resultado possível e certo nesse caso. Iremos contribuir o máximo com a celeridade desse processo, porque é principalmente de interesse do deputado que esse processo chegue ao fim. Inocentes não podem ser processados injustamente, e é por isso que estamos lutando nesse processo, para provar que inocente foi acusado injustamente, mais uma vez”, concluiu.
Leia também: Vereadores aprovam criação de cadastro digital com logradouros para adoção pela iniciativa privada
.