O deputado estadual Requião Filho, eleito em 2022 pelo PT, já tem o aval definitivo para deixar a sigla sem qualquer prejuízo para seu seu mandato. Baseado em carta de anuência assinada pelas direções municipal, estadual e nacional do PT, o TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná decidiu na segunda-feira (14), por unanimidade, que Requião Filho pode se desfiliar do partido pelo qual se elegeu. Está encaminhada a ida dele para o PDT, a convite do líder nacional do partido, Carlos Lupi, ministro da Previdência. Requião Filho quer ser candidato a governador.
Requião Filho e o pai, o ex-governador Roberto Requião, entraram no PT em março de 2022. Uma grande festa, com a presença do presidente Lula, marcou a filiação dos dois ao partido. Roberto Requião foi o candidato ao governo do estado naquele ano, para garantir um palanque forte a Lula no Paraná. Com a reeleição de Ratinho Junior (PSD), Roberto Requião chegou a ser cogitado para um cargo no governo federal. Mas o convite não veio e a família Requião foi aos poucos se afastando do PT.
Roberto Requião fez duras críticas ao governo federal, sobretudo na área econômica. Em março de 2024, ele se desfiliou do PT e ingressou no nanico Mobiliza, partido pelo qual concorreu à prefeitura de Curitiba, numa disputa em que ficou no sétimo lugar. Requião Filho continuou no PT para manter seu mandato, mas negociou sua saída sem prejuízo com as direções regionais do partido.
Com as anuências do PT, o deputado, que chegou a liderar a oposição ao governo Ratinho Junior na Assembleia Legislativa, buscou a garantia do TRE de manutenção do mandato. Ele não esconde o projeto de concorrer ao governo do estado e espera que o PDT seja a sigla que lhe garantirá a candidatura. Para tanto, seus aliados consideram fundamental que o partido tenha candidato a presidente e apostam em Ciro Gomes para cumprir esse papel.
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