ney leprevost disputa em curitiba
Foto: Divulgação Assessoria Parlamentar

O 13 de Maio, data em que historicamente se comemora a Abolição da Escravatura no país, não mereceu menções nas redes sociais ou alguma manifestação no Legislativo da maior parte dos pré-candidatos à prefeitura de Curitiba. Mas Ney Leprevost (União), com um projeto de lei de combate ao racismo contra crianças, e Carol Dartora (PT) e Andréa Caldas (PSOL), com referências à “falsa abolição”, trouxeram o tema ao dia.

Como deputado estadual, Ney Leprevost citou o Dia Nacional de Combate e Denúncia contra o Racismo e apresentou um projeto de lei que visa promover os direitos das crianças e combater o racismo. O PL “Infância Sem Racismo”, com texto de Leprevost, tem por objetivo garantir uma infância livre de discriminação racial, combatendo a onda de racismo que atinge instituições de ensino no Paraná. O texto do projeto de lei estabelece que escolas, creches, espaços de convivência e instituições de atendimento à infância devem adotar medidas para promover a diversidade étnico-racial e o respeito às diferenças. 

Andréa Caldas e Carol Dartora publicaram nos seus perfis nas redes sociais textos criticando a versão que a história oficial conta da abolição da escravatura. “A narrativa equivocada de que a Lei Áurea concedeu ao povo negro a liberdade, se manifesta no senso comum e deve ser combatida. A narrativa não se sustenta na materialidade histórica. Temos diversos fatores que evidenciam a farsa. A falta de políticas reparatórias e indenizatórias deixou os ex-escravizados em uma posição vulnerável, abandonados à própria sorte, sem educação, sem moradia, sem emprego, sem documentos e, por isso, jogados à marginalização, resultando em uma falsa liberdade. Existe também a ideia errônea de que a “liberdade” foi consentida pela bondade da monarquia branca”, disse Andréa Caldas no Instagram.

Carol Darora foi na mesma linha. “Hoje, 13 de maio, marcamos a passagem da Lei Áurea de 1888, que nas escolas, é retratado como o fim da escravização no Brasil. No entanto, a verdade é que, em vez de uma verdadeira liberdade, o que se segue até hoje é uma série de estruturas opressivas que continuam a manter as pessoas negras em desvantagem sistêmica. A abolição não ocorreu de fato, e isso se evidencia em nossa luta diária contra o racismo, as lutas de gênero e raça e as desigualdades sociais que persistem em nossa sociedade”. Veja a publicação no Instagram.

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