Ponto de encontro de amigos e pensadores, empresários, industriais e políticos, primeiro clube do uísque da cidade, o Ciccarino Jazz Bar foi de 1993 a 2001 um refúgio para quem procurava classe e ambiente agradável, em meio à Rua Coronel Dulcídio. Agora, sua quase uma década de histórias, e boas histórias, está contada no livro “333, Coronel Dulcídio”, escrito por ninguém menos que Nêgo Pessoa. O jornalista paranaense, que neste bar iniciou o inesquecível romance de sua vida, justifica a obra:Os bons bares são instituições públicas, prolongamentos do ágora(sic), da casa, do resto, de tudo. E oásis. E lar. E cárcere. O do Cicarinno foi tudo isto. Merece um livro: 333, Coronel Dulcídio”.

O livro é um texto corrido de quase 50 mil caracteres e muitas fotos – mais de 200. Além de depoimentos de frequentadores, homens e mulheres, entre eles, Tânia Oms, Sérgio Toscano, Luiz Fernando Pereira, Ogiê Buch, Luiz Carvalho e outros e outras. Entre as mais curiosas, a do Raymundo Alvarez e João Zagonel. “Ray fazia o maior charme com uma gata, papo pra cá e pra lá, oh quanto riso! Oh quanta alegria! De repente o Zagonel atravessa o salão, vai até ele e diz: Pai! Me empresta a chave do carro, a mãe está esperando o pão em casa”, conta Pessoa.

Estas e tantas outras passagens acompanhadas de perto pelo experiente Vicente Ciccarino poderão ser vistas no lançamento oficial agendado para 7 de maio, às 19h, no Restaurante Pizzaria De Bonna. Quem era frequentador, quem deu depoimento, amigos e jornalistas serão recepcionados pelo Ciccarino em pessoa, comandante do local.