Materia Escura – foto Karin Serafin divulgação
Dirigido por Alejandro Ahmed, o grupo catarinense Cena 11 propõe uma dança que se modula músculo, esquelética e emocionalmente através da gravidade, transitando para expansões em que tudo que se move é potência em dança. “Matéria Escura”, espetáculo híbrido concebido para ser apresentado presencialmente e transmitido em tempo real pelo Vimeo, terá duas sessões no 31.º Festival de Curitiba, dentro da mostra Lucia Camargo.
Prestes a completar 30 anos, o único grupo catarinense profissional de dança conquistou reconhecimento pela originalidade de criações amparadas por modos de pensamentos não autofágicos da própria ideia de dança. “Isso muitas vezes não interessa para quem usa modos de operação reduzidos a uma ideia de dança específica, que precisa falar dela pra ela. Muitas vezes não há interesse em conversar sobre a dança expandida por outros saberes”, observa o diretor, para quem o Festival de Curitiba faz um caminho contrário a este, ao promover o trânsito entre saberes e linguagens.
Ao optar por um olhar mais amplo e não seccionado a um pequeno festival de dança dentro de um festival de teatro, o evento curitibano reverbera o interesse da companhia por uma “dramaturgia cinética”. “Pra mim, tudo que se move interessa e tento transduzir através da minha habilidade em dança”, explica, sobre a busca do grupo. “E quando se coloca a dança nesse campo de operação junto ao teatro, ele também se expande, se arrisca mais e vai buscar a dança em outros lugares”.
Na techno diversidade em que o Cena 11 se contextualiza, os modos de operação de Matéria Escura são atravessados por sistemas físico digitais criados pela Cia. junto com o artista Diego de los Campos, nos quais, água, madeira, luz, motores e sintetizadores são operados pelas bailarinas numa constante retroalimentação de ritmo, esculturas cinéticas, e conduções sonoro luminosas. Todo som, imagem e ritmo nascem desse relacionamento.
Alejandro entende a dança como uma tecnologia de comportamento, o que permite a entrada de todas as áreas afins de alguma forma. Em Matéria, por exemplo, segue ele, a palavra é base de uma das estruturas. Não tem uma narrativa, não conta uma história, mas acompanha a lógica do movimento. Dentro disso, “pode ser visto como teatro, pode parecer um musical, pode ser literatura, ao mesmo tempo usa tecnologia”. “As possibilidades estão todas ali. Pra nós continua sendo dança”, observa.
A Mostra Lucia Camargo é apresentada por Banco CNH Industrial e New Holland, Novozymes, Copel e Sanepar – Governo do Estado do Paraná, com patrocínio de EBANX, DaMagrinha 100% Integral, GRASP e ClearCorrect. Acompanhe todas as novidades e informações pelo site do Festival de Curitiba www.festivaldecuritiba.com.br, pelas redes sociais disponíveis, no Facebook @fest.curitiba, pelo Instagram @festivaldecuritiba e pelo Twitter @Fest_curitiba.
O que: Matéria Escura, no 31.º Festival de Curitiba
Quando: 07 e 08/04/2023 às 20h30
Onde: Teatro da Reitoria (XV de Novembro, 1299)
Classificação: 16
Valores: R$ 80 e R$40/ (mais taxas administrativas)
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva do Shopping Mueller (piso L3), de segunda-feira a sábado, das 10h às 22h; domingos e feriados, das 14h às 20h.
Contém cenas de nudez
com assessoria – Adriane Perin – Agência de Notícias Festival de Curitiba
foto Karin Serafin d divulgação via assessoria