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“A Mensageira” – Mostra Competitiva Brasileira – Cred.da foto S.C Reprodução divulgação

De 12 a 20 de junho, a 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba ocupará as salas de cinema da capital paranaense com mais de 80 longas e curtas-metragens de todo o mundo. Produções para as crianças, estreias nacionais e internacionais, obras de cineastas paranaenses, clássicos restaurados e reapresentados na telona em alta definição, são algumas das opções que compõem a ampla programação do evento, que se concretiza como um dos mais importantes dedicados à sétima arte do Brasil. 

São 10 mostras cinematográficas, cada uma propondo um novo olhar sobre determinado segmento, pauta, idade, diretor ou estilo de produção. São elas, a Competitiva Brasileira, a Competitiva Internacional, a Novos Olhares, a Mirada Paranaense, a Exibições Especiais, a Olhar Retrospectivo, a Olhares Clássicos, a Foco, a Pequenos Olhares e o Filme de abertura Encerramento
As exibições ocorrem no Cine Passeio, no Cinemark Mueller, na Ópera de Arame e também no Teatro da Vila, no CIC – Cidade Industrial de Curitiba. Os ingressos já estão disponíveis pelo site oficial com valores que vão de R$8 (meia-entrada) a R$16. Todas as sessões no Teatro da Vila são gratuitas. Além disso, de 18 de junho a 7 de julho, os curtas-metragens brasileiros que compõem o festival estarão disponíveis gratuitamente na plataforma de streaming Itaú Cultural Play para todo o Brasil. 

Jurados e premiações

As produções das mostras competitivas, que buscam o equilíbrio entre inventividade, abordagem de temas contemporâneos e potencial de comunicação com o público, concorrem a diferentes prêmios cinematográficos, em que um júri especial, formado por profissionais do cinema, entre cineastas, roteiristas, atores e produtores, é responsável por avaliar os diferentes aspectos dos filmes selecionados. Para este ano, os jurados convidados para avaliar os longas e curtas da Competitiva Brasileira e os Curtas da Competitiva Internacional são o roteirista Bruno Ribeiro, um dos responsáveis pela série “Os Outros”, da Globoplay; o ator, diretor e produtor carioca Johnny Massaro; o programador de festivais e pesquisador Edvinas Puksta, que é membro da Academia de Cinema Europeu; a mestre em cinema Maria Campaña Ramia, que atua como programadora no Festival Internacional de Documentários de Amsterdã; e Paola Buontempo, programadora do Festival de

Cinema de Mar del Plata e graduada em Artes Visuais pela Universidade Nacional de La Plata, História da Arte (FDA – UNLP). Os jurados encarregados de avaliar os longas da Competitiva Internacional e da Mostra Novos Olhares são o pesquisador, artista e mestre em roteiro de cinema Fábio Andrade; a historiadora, crítica de cinema e programadora de mostras e festivais, Lorenna Rocha; e a diretora, roteirista e bacharel em cinema e vídeo Nathália Tereza. 

Na Mostra Competitiva Brasileira, os longas-metragens concorrem pelos prêmios de Roteiro, Direção de Arte, Som, Atuação, Fotografia, Direção, Montagem e o Prêmio Olhar de Melhor Filme; e os curtas, pelo Prêmio Especial do Júri e Prêmio Olhar de Melhor Filme. 
Na Mostra Competitiva Internacional, os curtas concorrem ao Prêmio Olhar de Melhor Filme e ao Prêmio Especial do Júri, também para os longas.  
Além da votação por parte dos jurados, o público também tem papel essencial para garantir um prêmio para suas produções favoritas das mostras competitivas. Há ainda a premiação por parte dos críticos da Abraccine – Associação Brasileira de Críticos de Cinema para as produções das mostras competitivas e a premiação da AVEC – PR (Associação de Vídeo e Cinema do Paraná) para os filmes paranaenses da Mostra Mirada Paranaense.

As produções da Mostra Novos Olhares, que é dedicada a longas que têm maior radicalidade em suas propostas estéticas, trilhando caminhos desconhecidos, também concorrem ao Prêmio Olhar de Melhor Filme. Nesta mostra, há filmes que convidam o público a um mergulho lírico, outras que propõem a frieza do distanciamento épico, e também as que investigam as criações alegóricas e as que apostam no encontro com o real.
Confira a programação completa da 13ª edição do Olhar de Cinema – Festival Internacional de Curitiba (*pode sofrer alterações):
“Retrato de um Certo Oriente” – Cred Matizar Filmes, Divulgação
Filme de Abertura – Estreia Nacional
A estreia nacional do filme “Retrato de um Certo Oriente” ocupará a Ópera de Arame, um dos pontos turísticos mais populares do Paraná, em uma sessão exclusiva.
Com direção de Marcelo Gomes (“Paloma”, “Estou me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar”), o longa traz personagens que foram expulsos de suas terras por conflitos sociopolíticos e é baseado no romance do escritor amazonense Milton Hatoum, ganhador do Prêmio Jabuti de Melhor Romance (1990). Os irmãos libaneses, Emilie e Emir, católicos, embarcam do Líbano em uma viagem rumo ao Brasil. No trajeto, Emilie, se apaixona por um comerciante muçulmano, Omar, causando ciúme incontrolável por parte do seu irmão, que usará as diferenças religiosas para separá-los. Porém, antes de chegar ao destino final, em uma briga com Omar, Emir é gravemente ferido em um acidente e a única opção de Emilie é descer em uma aldeia indígena no meio da selva para encontrar um curandeiro que o salve. Após a recuperação do irmão, Emilie toma uma decisão que levará a consequências trágicas. 
O elenco de “Retrato de um Certo Oriente”, conta com Wafa’a Celine Halawi, Charbel Kamel, Zakaria Kaakour, Rosa Peixoto e Eros Galbiati. O roteiro é de Marcelo Gomes, Maria Camargo Gustavo Campos. Os ingressos para o Filme de Abertura podem ser adquiridos pelo site oficial com valores a partir de R$8.
Mostra Competitiva Brasileira
Mostra Competitiva Brasileira é composta por 16 produções inéditas. Os oito longas-metragens selecionados para Mostra Competitiva Brasileira são: 
– “A Mensageira” (Cláudio Marques |Brasil | 2024| 140’) 
Sinopse: Em cumprimento ao seu trabalho como oficial de justiça em Salvador, Íris entrega mandados e, muitas vezes, se vê forçada a executar ordens que vão diretamente contra aquilo em que acredita. O ofício a atormenta. Um dia, com o desaparecimento de um militante depois da execução de um mandado entregue por ela, a oficial passa a investigar o crime e se vê envolvida na descoberta de um grande esquema de grilagem de terras. Claudio Marques dirige este thriller instigante acompanhando de perto sua protagonista, uma mulher negra que envereda numa jornada pelas engrenagens do sistema, mas também por suas origens. 
Sessões: 14 de junho, às 20h45, Cinemark Mueller;                 15 de junho, às 17h20, Cine Passeio Ritz;
– “Greice” (Dir. Leonardo Mouramateus | Brasil | 2024 | 110’)
Sinopse: Greice é uma jovem mulher brasileira estudando e trabalhando em Lisboa. Num dia de trabalho, ela conhece Alfonso, e essa relação vai ser o estopim para uma série de acontecimentos que a levam de volta a seu Ceará natal. Neste seu terceiro longa, Leonardo Mouramateus encontra uma forma extremamente precisa de conectar seus jogos de fabulações e espelhos, sempre passados nesta fronteira imaginária que une (e separa) Brasil e Portugal. Com seus diálogos mordazes, interpretados por um elenco cativante, o filme trata com notável leveza de temas complexos ao redor das identidades, e em especial das relações sociais e de gênero.
Sessões: 15 de junho, às 21h10, no Cinemark Mueller;         16 de junho, às 14h, no Cine Passeio Ritz; 
– “O Rancho da Goiabada, ou pois é meu camarada, a vida não é fácil” (Dir. Guilherme Martins | Brasil | 2024 | 72’)
Sinopse: Em trânsito entre a área urbana e a rural, entre os “subempregos” e a informalidade na capital paulista, e os “boias-frias” nas plantações de cana do interior do estado, o filme se encontra com diferentes camadas de subalternização do proletariado contemporâneo. Construindo como dispositivo a interação de um personagem fictício com contextos e figuras da realidade, Guilherme Martins expande a proposta desenvolvida em seu curta-metragem quase homônimo para abordar de maneira mordaz, ainda que bem humorada, perenes questões sociais brasileiras. 
Sessões: 16 de junho, às 21h25, no Cinemark Mueller;                 17 de junho, às 15h45, no Cine Passeio Ritz;
– “O Sol das Mariposas” (Dir. Fábio Allon | Brasil | 2024 | 105’)
Sinopse: Após a partida do seu marido, Marta luta para manter funcionando o seu sítio de café, resistindo aos avanços de um emergente agronegócio pelo interior do Paraná da década de 1970. Na medida em que sua relação com a colega Juliana se torna mais forte, vai ficando mais claro que o ambiente adverso e conservador ao seu redor é um risco tão grande quanto a promessa das geadas de um inverno inclemente. Neste que é seu primeiro longa ficcional em direção solo, Fábio Allon ousa ao propor uma narrativa histórica com fortes tintas dramáticas, explorando paisagens pouco filmadas das áreas rurais do Paraná
.Sessões: 16 de junho, às 16h15, no Cinemark Mueller;        17 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz; – “Praia Formosa” (Dir. Julia De Simone | Brasil | 2024 | 90’)
Sinopse: Dando prosseguimento a uma extensa pesquisa audiovisual a partir da região portuária do Rio de Janeiro, Julia De Simone realiza um primeiro longa ficcional que mistura tempos ao redor da região do Cais do Valongo. Tomando como protagonista Muanza, mulher nascida no Congo e trazida ao Brasil pela escravização, o filme vagueia por encontros entre personagens e paisagens que reforçam tanto a permanência cruel das raízes coloniais brasileiras quanto a resiliência e os laços formados pela população afro-brasileira, com atenção especial às mulheres.
Sessões: 17 de junho, às 21h35, no Cinemark Mueller;        18 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz; 
– “Quem É Essa Mulher? (Dir. Mariana Jaspe | Brasil | 2024 | 70’)
Sinopse: Desde o começo do filme, somos convidados a literalmente pegar a estrada junto com a historiadora Mayara, que nos levará às origens da sua pesquisa sobre Maria Odília Teixeira, a primeira médica negra do Brasil. Nesse caminho, entenderemos aos poucos o quanto as trajetórias dessas duas mulheres, com os cem anos de história brasileira que as separam, têm em comum. Mariana Jaspe não se apega a um formato estático de aproximação documental, permitindo que o filme ganhe novos ares na medida em que essas histórias se iluminam mutuamente.
Sessões: 15 de junho, às 16h30, no Cinemark Mueller;        16 de junho, às 16h20, no Cine Passeio Ritz; 
– “Tijolo por Tijolo” (Dir. Victoria Alvares, Quentin Delaroche | Brasil | 2024 | 102’)
Sinopse: Acompanhamos Cris e sua família, moradores do Ibura, na periferia do Recife, que no início da pandemia de Covid-19 tiveram que abandonar sua casa devido ao risco de desabamento. Grávida do quarto filho e lutando por uma laqueadura, Cris trabalha como influenciadora digital enquanto a família reconstrói sua moradia. Abordando temas relevantes ao Brasil de hoje, como maternidade, empreendedorismo e direitos reprodutivos e à moradia, entremeados com momentos de leveza cotidiana, o filme ressalta o protagonismo coletivo que torna possível erguer as paredes de um lar, dia após dia.
Sessões: 13 de junho, às 21h, no Cinemark Mueller;        14 de junho, às 13h30, no Cine Passeio Luz; 
– “Um Dia Antes de Todos os Outros” (Dir. Valentina Homem, Fernanda Bond | Brasil | 2024 | 73’)Sinopse: Enquanto a jovem Sofia improvisa rimas com suas amizades na comunidade em que vive, sua mãe, Marli, organiza a desocupação do apartamento de classe média alta em que trabalhou por boa parte da vida como cuidadora. Velhos sonhos e novos planos surgem no horizonte desse último dia de trabalho. Nesta ficção de muitas camadas, Fernanda Bond e Valentina Homem nos envolvem com sensibilidade no universo íntimo de suas personagens, revelando o afeto e também as dinâmicas de poder que atravessam as relações de três gerações de mulheres com importantes diferenças entre si.
Sessões: 18 de junho, às 21h30, no Cinemark Mueller        19 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Luz
Os oito curtas-metragens selecionados para Mostra Competitiva Brasileira são: 
– “Povo do Coração da Terra” (Dir. Coletivo Guahu’i Guyra | Brasil | 2024 | 39’)Sinopse: Do céu, Nhanderu envia raios que brevemente iluminam a terra numa dessas várias noites em que é preciso estar alerta. Uma noite na qual pessoas correm pelo meio do mato para tomar aquilo que é seu. Em território Guarani, esses raios riscam o espaço desfazendo fronteiras demarcadas por arames farpados, permitindo que o filme elabore a dança da guerra, do sonho e, sobretudo, da reconquista coletiva do tekoha daquelas pessoas. Combinando cenas de enfrentamento com a própria luta pelo direito ao cotidiano, à reza, ao plantio e à meditação, o filme do Coletivo Guahu’i Guyra monta suas imagens como um ritual de reverência aos seus.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz                 19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz*Este curta será exibido junto com “Cavaram uma cova no meu coração”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.
– “Capturar o Fantasma” (Dir. Davi Mello | Brasil | 2024 | 12’)
Sinopse: Um fantasma que ronda uma família, mas que só é possível ser visto pelas mulheres. As ausências que uma morte predestinada deixa, converte-se em um buraco. Quando o silêncio é de uma filha para com seus pais, o buraco se torna mais profundo. O vazio se torna tão presente que agora é capaz de ser visto também pelos homens.
 Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                  18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Sonhos como barcos de papel”, “Rinha” e “Caindo”.
– “Caravana da Coragem” (Dir. Pedro B. Garcia | Brasil | 2024 | 24’)
Sinopse: Três amigos, de diferentes regiões do Distrito Federal, se encontram em um parque à noite e contam seus medos, detalhando-os. O filme dirigido por Pedro B. Garcia percorre a cidade rabiscando as imagens enquanto o áudio ecoa, misturando-se ao anseio de vida e movimentação.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;                  17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz; *Este curta será exibido com “Mawtini”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”
– “Cavaram uma Cova no meu Coração” (Dir. Ulisses Arthur | Brasil | 2024 | 24’)
Sinopse: O afundamento do solo causado por uma mineradora para a extração de sal-gema, resulta em buracos e rachaduras nas residências de moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió. O risco iminente de desabamento, faz com que o bairro fique desabitado, deixando espaço para a exploração do território, até que uma gangue de adolescentes planeja destruir a máquina responsável pelo afundamento, fazendo da imaginação uma possibilidade de habitar um território inabitável.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                 19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz; *Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “O lado de fora fica aqui dentro” e “Desde então, estou voando”.
– “O Lado de Fora Fica Aqui Dentro” (Dir. Larissa Barbosa | Brasil | 2023 | 25’)
Sinopse: Uma cidade industrial nos arredores de Belo Horizonte é vivenciada por duas irmãs, Marina e Núbia. Refletindo sobre seus corpos e seus trabalhos, as duas identificam as lacunas entre os trabalhadores negros, construção e a perda de acesso da cidade. Quando Marina encontra Maria, uma mulher que habita um dos prédios mais antigos da capital, a memória de que “a montanha, um dia, já foi mar” revela um aspecto mais sombrio que as duas, juntas, terão de enfrentar.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz         19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “Desde então, estou voando”
– “Rinha” (Dir. Rita M. Pestana | Brasil | 2023 | 22’)
Sinopse: Assumindo os cuidados do pai alcoólatra, Cássia se vê presa em uma espiral. Herdando a função de taxista e apostador de galo de rinha, a filha se torna, aos poucos, o pai, com suas angústias e responsabilidades. Entre cuidar do outro e cuidar de si, quanto espaço sobra para entendermos o que é nosso? Mergulhada em silêncios, Cássia precisará descobrir seus desejos ou vai acabar afogada em uma rotina imposta.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz; *Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Caindo”
– “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”(Dir. Clari Ribeiro | Brasil | 2024 | 21’)
Sinopse: Trabalhando novamente com uma imaginação transfuturista, o cinema de Clari Ribeiro produz um Rio de Janeiro que, em 2054, precisa combater uma “Ordem da Verdade” a partir da formação de um clã liderado pela travesti Dahlia, a cobra Salacione e várias bruxas e bruxos que, juntes, farão essa “liga da justiça” neon tropical contra os caçadores de seres místicos. Usando os códigos do cinema de gênero (a ficção científica, o horror), o filme se propõe a exceder o gênero como identidade (o futuro será trans, ou não será). Participação especial de Helena Ignez e Zezé Motta.
Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;        17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz; *Este curta será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Mamántula”
– “Viventes” (Dir. Fabrício Basílio | Brasil | 2024 | 20’)
Sinopse: Paulinho, um jovem desempregado, tem uma entrevista de emprego para fazer. Ele acerta os detalhes: como chegar, com que roupa ir, como se portar. Tudo parece certo, mas antes, ele precisa imprimir o currículo. O único lugar possível é a casa de sua vó, que está à venda. Entre as memórias das imagens do computador e as impressas nas paredes da casa, Paulinho vivencia uma jornada em que o trabalho orienta um modo de existir.Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz           14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz*Este curta será exibido junto com “Uma Pedra Atirada” e “Nossas Ilhas”.
“Caminhos Cruzados” – Mostra Competitiva Internacional – Cred Reprodução
Mostra Competitiva Internacional
Mostra Competitiva Internacional é composta por 14 produções de diferentes nacionalidades, como Suíça, Alemanha, Haiti, Palestina, Hungria, França, entre outros. Os seis longas selecionados são:  
– “Caminhos Cruzados” (“Crossing”| Dir Levan Akin | Suécia, Dinamarca, França | 2024 | 105’)
Sinopse: Lia precisa cumprir uma promessa: encontrar Tekla, sua sobrinha há muito perdida. Com a ajuda de seu jovem vizinho Achi, a professora aposentada parte de sua terra na Geórgia rumo à Istambul. Lá, os dois descobrirão que precisarão da ajuda de Evrim, advogada dedicada à luta por direitos de pessoas trans, para encontrar Tekla em meio às ruas da cidade. Guiado pelas conexões e tocantes relações entre seus personagens na agitada cidade turca, o sueco Levan Akin dirige este tenro drama dedicado à poderosa interpretação de seu elenco.
Sessões: 15 de junho, às 18h40, no Cinemark Mueller;        16 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;
– “Eu Não Sou Tudo Aquilo Que Quero Ser” (“Ještě Nejsem, Kým Chci Být”|Dir Klára Tasovská | República Tcheca, Eslováquia, Áustria | 2024 | 90 ‘)
Sinopse: A partir de relatos de seu diário, do encadeamento e sonorização de suas fotografias, o filme nos apresenta a vida e o trabalho da tcheca Libuše Jarcovjákové. Transitando entre Praga, Berlim e Tóquio, no período da ocupação soviética na então Tchecoslováquia, a contínua e bem documentada busca da fotógrafa por um modo autêntico de ser e de criar nos conduz por universos pouco conhecidos.
Sessões: 14 de junho, às 18h30, no Cinemark Mueller;        15 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller; 
– “Ivo” (“Ivo” | Dir Eva Trobisch | Alemanha | 2024 | 104’)
Sinopse: Acompanhamos de perto os dias de Ivo, uma profissional voltada para cuidados paliativos domiciliares, entre suas visitas regulares a pacientes e o tempo escasso dedicado à vida pessoal. Uma das pacientes é também sua amiga, Solveigh, portadora de uma doença incurável, e a relação próxima entre elas vai demandar decisões difíceis por parte de Ivo. O segundo longa da alemã Eva Trobisch é uma ficção intimista que explora com sensibilidade a relação entre cuidado, trabalho e a autonomia sobre os próprios corpos, fazendo coexistir sentimentos tão intensos quanto contraditórios face ao cotidiano da morte.
 Sessões: 18 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller        19 de junho, às 14h15, no Cinemark Mueller; 
– “Os Paraísos de Diane” (“Les Paradis de Diane” | Dir. Carmen Jaquier, Jan Grassmann | Suíça | 2024 | 97’)Sinopse: Diane está prestes a dar à luz a seu primeiro filho. Aparentemente banal como fato social, esse acontecimento vai mexer profundamente com a jovem, que parte numa jornada sem direção segura, buscando encontrar algo que, possivelmente, não sabe o que é.
Sessões: 13 de junho, às 18h30, no Cinemark Mueller;         14 de junho, às 14h05, no Cinemark Mueller; 
– “As Noites Ainda Cheiram a Pólvora” (“The Nights Still Smell Of Gunpowder” | Dir. Inadelso Cossa | Moçambique, França, Alemanha,Portugal |2024 | 92’
Sinopse: É noite em Moçambique. As marcas e cicatrizes da guerra civil ainda estão vivas. Borrando as linhas entre ficção e realidade, entre arquivos, relatos e encenação, Inadelso Cossa visita sua avó. Neste austero retrato de sua região natal, o cineasta confronta as memórias desbotadas de sua família e de seu país, investigando as fotografias, escutando as memórias e revirando o passado em busca de ouvir os fantasmas de outros tempos.
Sessões: dia 16 de junho, às 19h, no Cinemark Mueller;         dia 17 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller; 
– “Pepe” (“Pepe” | Dir. Nelson Carlos De Los Santos Arias | República Dominicana, Namíbia, Alemanha, França| 2024 | 122’)
Sinopse: O narrador diz ser um hipopótamo. Ele não sente o passar do tempo, mas conta de seu passado. Pepe, o primeiro e único hipopótamo morto nas Américas, interpretado por diferentes vozes e idiomas ao longo do filme, transmite pela oralidade histórias dos lugares por onde passou. Nelson Carlo de Los Santos Arias apresenta com senso de humor e inventividade apurados um filme que se reinventa a todo instante entre dispositivos, abordagens, relatos e memórias de África às Américas.
Sessões: 17 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller;                18 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;
 Os oito curtas-metragens da Mostra Competitiva Internacional são: 
– “Caindo” (“Falling” | Dir. Anna Gyimesi | Hungria, Bélgica, Portugal | 2023 | 16’)
Sinopse: Usando imagens de arquivo pessoal, o filme vai montando um quebra-cabeças bastante emotivo, construído a partir do depoimento de uma mulher, na faixa dos seus 40 anos, cuja maternidade a coloca diante das nebulosas fronteiras entre o senso de autopreservação, o amor pela filha e a compreensão de que essa mesma filha pode, em breve, ter autonomia legal para realizar o mais radical dos procedimentos com a própria vida. Um filme que abre – sem nunca ter a pretensão de resolver – as brechas do medo e da culpa, mas também do afeto e da esperança, desafiando uma série de tabus não só sobre a maternidade, mas sobretudo sobre doenças mentais.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                 18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;*Este curta será exibido junto com “Contrações”, “Capturar o Fantasma”, “Sonhos como barcos de papel” e “Rinha”
-“Contrações” (“Contractions” | Dir. Lynne Sachs | Estados Unidos | 2024 | 12’)Sinopse: Em junho de 2022, a Suprema Corte dos Estados Unidos permitiu que vários estados do páis acabassem com o direito das mulheres de terem autonomia sobre seus corpos e, desde então, 21 estados da federação passaram a criminalizar o aborto, entre eles o Tennessee. Em Memphis, cidade do Tennessee, Lynne Sachs usa suas décadas de experiência de produção de contraimagens feministas para conduzir uma performance com 14 mulheres e alguns de seus companheiros, criando invisíveis visibilidades e emudecidos discursos diante de uma clínica de aborto cujo trabalho precisou ser interrompido depois dessa decisão. 
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;        18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz; 
– “Desde então, Estou Voando” (“O Gün Bu Gündür, Uçuyorum” |Dir.Aylin Gökmen| Suíça | 2023 | 19’)Sinopse: Existe a memória das montanhas, do primeiro amor num campo de algodão, das mulheres que, naquela tribo nômade curda, controlavam a organização social. Existe a memória da mãe. Um homem mais velho lembra de tudo isso, mas lembra também de quando ele foi preso e torturado, como se houvesse sempre uma guerra por trás de paisagens idílicas e silenciosas. Mas a tortura não consistia em machucar seu corpo. Os inimigos sabiam que aquilo que mais doeria na sua pele seria ferir a identidade de seu povo a partir da quebra de um interdito cultural.
Sessões: 18 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                 19 de junho, às 16h45, no Cine Passeio Ritz;*Este curta será exibido junto com “Povo do coração da terra”, “Cavaram uma cova no meu coração” e “O lado de fora fica aqui dentro”.
– “Mamántula” (“Mamántula” | Dir. Ion de Sosa | Espanha, Alemanha | 2023 | 45’)
Sinopse:Uma criatura sedenta por sangue e sexo está a solta. Ela seduz, se satisfaz e depois mata brutalmente seus amantes, mas ninguém sabe ao certo quem ou o que está causando essa série de assassinatos. A cidade está em alerta e a comunidade queer atenta, todos aterrorizados com o apetite insaciável do monstro. Cabe a duas detetives a missão de desvendar o mistério e colocar um fim na jornada sangrenta de Mamántula. Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;                  17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz; *Este será exibido junto com “Minha Pátria”, “Caravana da Coragem” e “Se Eu To Por Aqui é Por Mistério”.
– “Minha Pátria” (“Mawtini” | Dir. Tabarak Abbas | Suíça | 2023 | 13’)
Sinopse: Nesta animação, Tabarak Allah Abbas se inspira na história de seus pais para criar um universo distópico durante a guerra de Bagdá. Nesse contexto, Siham e Rakan precisam lutar contra robôs invasores para escapar da cidade e proteger o futuro de seu filho recém nascido.
 Sessões: 15 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;                  17 de junho, às 18h30, no Cine Passeio Luz;*Este curta será exibido junto com “Caravana da Coragem”, “Mamántula” and “Se Eu Tô Aqui é Por Mistério”
– “Nossa Ilhas” (“Nos Îles” | Dir. Aiha Thalien | França, Martinica | 2023 | 23’)
Sinopse: As primeiras imagens aparentam estarmos diante de um cartão-postal. Diante destas imagens é preciso encarar bem o que é dado como realidade para logo em seguida, traduzir o que não pode ser visto. O mar azul-piscina de uma ilha caribenha colonizada pela França é contrastada com as construções de uma Martinica inventada. Perante uma maldição que resultará no desaparecimento da ilha, um grupo de jovens reflete e dialoga, a partir de relatos íntimos, sobre a condição de pertencer a um território que está prestes a acabar. 
Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;                  14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz;*Este curta será exibido junto com o “Uma Pedra Atirada” e “Viventes”.
 “Sonhos como Barcos de Papel” (“Des Rêves en Bateaux Papiers” | Dir. Samuel Suffren| Haiti | 2023 | 19’)
Sinopse: Edouard vive com sua filha Zara em Porto Príncipe, Haiti, há 5 anos e, desde que sua esposa foi embora, tudo que eles possuem de recordação é uma fita cassete enviada por ela. Pai e filha sentem a expansão da ausência que esse áudio não consegue suprir, mas Edouard ainda enxerga a mulher como memória viva.
Sessões: 16 de junho, às 18h, no Cine Passeio Ritz;                  18 de junho, às 16h, no Cine Passeio Ritz;
– “Uma Pedra Atirada” (“رجح ىمرم ىلع” | Dir. Razan AlSalah | Palestina, Líbano, Canadá | 2024 | 40 min)
Sinopse: Em 1936, o registro de uma das primeiras demonstrações de resistência: em Haifa, cidade portuária palestina, um grupo explode um oleoduto da British Petroleum, empresa que já anunciava, antes da 2ª Guerra Mundial, que a ocupação colonial começaria com força total na região. A partir de uma foto de arquivo, do relato de um senhor palestino exilado e de imagens do Google Earth de uma ‘secreta’ ilha no meio do Golfo Pérsico, a reconstituição, pelas beiras das imagens, de toda uma história sobre o projeto de massacre de um povo. 
Sessões: 13 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz;                  14 de junho, às 18h, no Cine Passeio Luz;*Este curta será exibido junto com “Viventes” e “Nossas Ilhas”
“Idade da Pedra” – Mostra Novos Olhares – Cred Reprodução
Mostra Novos Olhares
Mostra Novos Olhares é dedicada a longas que têm maior radicalidade em suas propostas estéticas, trilhando caminhos desconhecidos. Neste ano, a mostra conta com seis longas: 
 “Caixa de Areia” (“Bac a Sable” | Dir. Lucas Azémar e Charlotte Cherici | França | 2023 | 59’)
Sinopse: A dupla de cineastas mergulha no cotidiano da comunidade francesa de um servidor online do jogo GTA V. Transitando entre culturas e paisagens virtuais, o filme investiga os sujeitos imersos nesse mundo, cuja regra central é nunca sair do personagem, abordando temas como identidade, trabalho, religião e amor. No circuito fechado dessa autoficção coletiva que se transmuta em documentário de viés etnográfico, o filme explora a tênue fronteira entre realidade e simulacro, criando um mosaico visual atravessado por diversas questões sociais e políticas contemporâneas. 
Sessões: 13 de junho, às 16h30, no Cinemark Mueller;                 14 de junho, às 20h50, no Cine Passeio Ritz; 
 “Entre Vênus e Marte” (Dir. Cris Ventura | Brasil | 2022 | 61’)
Sinopse: Após séculos de hibernação em sua cápsula, Ed Marte ressurge na cidade de Belo Horizonte com a missão de resgatar a princesa Nickary. Contando com a ajuda de uma miríade de aliades, elu vai desafiar frontalmente todo tipo de normatividade binária em busca de completar sua missão. Misturando registros e dispositivos com a mesma anarquia furiosa e festiva de suas personagens, Cris Ventura cria um filme-OVNI totalmente auto-consciente de que a liberdade completa sempre será sua principal bandeira e mote.Sessões: 15 de junho, às 18h45, no Cinemark Mueller;                 16 de junho, às 14h, no Cine Passeio Luz; 
 “Geração Ciborgue” (“Cyborg Generation” | Dir. Miguel Morillo Vega | Espanha | 2024 | 63’)
Sinopse: Kai Landre tem 18 anos, e um desejo enorme de se sentir mais conectado ao espaço sideral que nos circunda. No entanto, Kai não vai se conformar com a abstração dessa necessidade que sente, e a partir do contato com uma série de artistas ciborgues, idealiza uma forma de alterar seu corpo que permita o estabelecimento dessa conexão. A partir dessa premissa aparentemente futurista, o filme nos ancora no cotidiano de personagens absolutamente reais e algumas novas maneiras de lidar com os eternos dilemas da juventude, sempre em busca de formas mais plenas de estar nesse mundo.
Sessões: 18 de junho, às 16h50, no Cinemark Mueller;                  19 de junho, às 16h15, no Cine Passeio Luz; 
 “Idade da Pedra” (Dir. Renan Rovida | Brasil | 2024 | 70’)
Sinopse: Escrito, dirigido e protagonizado por Renan Rovida, “Idade da Pedra” acompanha as andanças de Terceiro Mundo, um homem sem-teto que mergulha numa deriva onírica pelas ruas da capital paulista. Fragmentos de tempos passados e presentes se enlaçam nessa dança entre memória, sonho e desejos de insurreição, em que a subjetividade de uma pessoa à margem favorece a reflexão crítica sobre um Brasil profundamente contraditório. Nesse limiar entre real e imaginado, a dureza da vida e a beleza dos afetos caminham lado a lado numa experiência radical pela metrópole de concreto, lixo e gente
.Sessões: 16 de junho, às 19h, no CInemark Mueller;              17 de junho, às 2h30, no Cine Passeio Luz;  
 “Jean Genet Agora” (“Jean Genet Ahora”| Dir. Miguel Zeballos | Argentina | 2023 | 75’)
Sinopse: Durante os anos 60, o cineasta François Thierry começou a realização de um filme sobre seu amigo, o escritor e ativista Jean Genet. Nos anos 70, a produção registra uma série de encontros na América do Sul entre o Chile e a Argentina. O filme, porém, não foi concluído. A linha do tempo é retomada hoje: Miguel Zeballos conduz uma nova obra, partindo do projeto e das filmagens descartadas por Thierry. Entre muitas materialidades, Jean Genet Agora navega pelo tempo em operações inventivas e instigantes para compor o enérgico retrato do momento, de seus realizadores e do poeta.
Sessões: 14 de junho, às 16h30, no Cinemark Mueller;                  15 de junho, às 16h15, no Cine Passeio Luz; 
– “Perdendo a Fé” “Die Ängstliche Verkehrsteilnehmerin”| Dir. Martha Mechow | Áustria, Alemanha |2023 | 100’)Sinopse: A jovem e inquieta Flippa parte em busca de sua irmã, Furia. O reencontro a conduz a uma inusual comunidade na Sardenha, onde os modos de se relacionar e a experiência de constituir família são bastante distintos daqueles que ela conheceu na infância. Sem tentar ordenar ou conter a transitoriedade, Martha Mechow acompanha, em seu primeiro longa-metragem, a personagem e seus questionamentos, compondo uma ficção que se alia à sua protagonista na obstinada procura por formas de encarar e desfazer os nós que a condicionam.
Sessões: 17 de junho, às 16h20, no Cinemark Mueller;                  18 de junho, às 20h, no Cine Passeio Luz; 
“Tempo de Viver e Tempo de Morrer” – Mostra Olhar Retrospectivo – Cred Reprodução
Mostra Olhar Retrospectivo
Na Mostra Olhar Retrospectivo, um grande nome do cinema mundial é destacado, por meio de uma retrospectiva de suas obras e uma reflexão profunda sobre sua trajetória. Na edição 2024, o espaço será dedicado ao diretor Hou Hsiao-hsien,  um dos mais influentes cineastas dos últimos 40 anos e que, devido ao Alzheimer, anunciou em 2023 a interrupção, em vida, de sua impressionante trajetória cinematográfica.Oito dos 18 longas do cineasta foram selecionados, apresentando três fases de sua carreira: o estabelecimento de sua visão de mundo e do cinema nos anos de 1980; a consolidação de seu estilo e o reconhecimento mundial nos anos 1990; e suas obras de “maturidade”, do século XXI. 
As produções que compõem a Mostra Olhar Retrospectivo são:
 “A Assassina” (“Cike Nie Yin Niang” / Dir Hou Hsiao-hsien | Taiwan / 2015 / 105’)
Sinopse: Nie Yinniang é uma assassina na China do século VII que é enviada para matar o governador militar de uma província chinesa, Tian Ji’na. No entanto, ele é seu primo, por quem ela era apaixonada desde a infância, o que vai gerar inseguranças na sua capacidade de cumprir o único trabalho que conhece. Nesse que, infelizmente, viria a ser seu último longa, Hou Hsiao-hsien dialoga com a tradição dos wu xia, as tradicionais narrativas de artes marciais chineses, impondo seu estilo visual e sonoro altamente reconhecível a este gênero eminentemente popular. Pelo trabalho, ele ganhou o prêmio de melhor direção no Festival de Cannes
Sessões: 14 de junho, às 19h50, no Cine Passeio Luz;                   15 de junho, às 16h15, no Cinemark Mueller; 
– “Café Lumiere” (“Kôhî jikô”| Dir. Hou Hsiao-hsien | Japão | 2003 | 108’) 
Sinopse:Em uma Tóquio contemporânea, Yoko pesquisa a vida e obra de um músico taiwanês. Ela está grávida de um homem com quem não quer casar e perambula pela cidade em busca de um café que o músico frequentava. No ano do centenário de nascimento do cineasta japonês Yasujiro Ozu, Hou Hsiao-hsien o homenageou com a realização deste filme, produzido pela produtora japonesa Shochiku. Cheio de referências ao clássico de Ozu, “Era uma Vez em Tóquio”, o filme nos transporta para uma cidade filmada de tal maneira que parece nos lembrar de outros tempos.
Sessões: 16 de junho, às 17h30, no Cine Passeio Luz;                 18 de junho, às 15h45, no CInemark Mueller; 
 “Millennium Mambo” (“Qian xi man bo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 2001| 119’) – 
Sinopse: Vicky relembra, dez anos depois, momentos da sua juventude passados exatamente na virada do milênio, especialmente relacionamentos amorosos frustrados e muitas vezes abusivos. Aqui, Hou Hsiao-hsien realiza a proeza de filmar o presente como se fosse uma reminiscência, apoiado na presença ao mesmo tempo melancólica e luminosa de sua atriz principal, Shu Qi. O filme é considerado um marco do cinema do começo do século XXI, e embora seja o décimo-quarto longa do diretor, foi um dos que mais diretamente influenciou muitos cineastas pelo mundo todo, inclusive no Brasil. 
Sessões: 16 de junho, às 19h45, no Cine Passeio Luz;                  17 de junho, às 17h30, no Cine Passeio Ritz; 
 “Adeus, Ao Sul” (“Nan guo zai jian, nan guo” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1996 | 116’)
Sinopse: Hou Hsiao-hsien volta-se novamente para o presente de Taiwan. O cenário é um submundo de crimes, jogos e arriscadas apostas, no qual seguimos Gao, líder que guiará um pequeno grupo de marginais em esquemas sem muito futuro. Em meio às luzes noturnas e a sujeira do meio, encontramos um filme denso e agitado, em profundo contato com a falta de perspectiva de seus protagonistas. Exibido no Festival de Cannes de 1996, é considerado um dos melhores filmes dos anos 90 pela revista Cahiers du Cinema.
Sessões: 14 de junho, às 18h20, no Cine Passeio Ritz;                 18 de junho, às 18h20, no Cinemark Mueller; 
– “O mestre das marionetes” (“Xi meng ren sheng” |Dir. Hou Hsiao-hsien |Taiwan / 1993 / 142’
)Sinopse: O rosto de Li Tian-lu já era conhecido dos filmes anteriores de Hou Hsiao-hsien. Neste filme, o ator e também titereiro conta a história de sua juventude e, com ela, parte da história de Taiwan no início do século XX. O diretor dramatiza as memórias de seu personagem e seu país entre apresentações de marionete e encenações, com as elipses e apreço à longa duração e movimento dos planos que se tornaram marcas de seu estilo. “O Mestre das Marionetes” se tornou o primeiro longa taiwanês a entrar na competição de Cannes, onde recebeu o prêmio do Júri.
 Sessões: 13 de junho, às 14h15, no Cine Passeio Ritz;                   19 de junho, às 19h15, no Cinemark Mueller; 
 “Cidade das tristezas” (“Bei qing cheng shi” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1989 | 157’) – 
Sinopse: Começando com a rendição do Japão ao término da II Guerra, em 1945, acompanhamos a vida de uma família de irmãos que se confronta com um dos períodos mais conturbados da história taiwanesa, com o final do período colonial japonês. Considerado o primeiro filme a lidar de frente com os anos ao redor do massacre de 1947, e toda a sua traumática herança histórica, o filme estabeleceu de maneira incontornável o nome de Hou Hsiao-hsien como um dos principais cineastas asiáticos e mundiais do seu período, tendo recebido o Leão de Ouro no Festival de Veneza – algo até então inédito para um longa taiwanês.
 Sessões: 13 de junho, às 20h45, no Cinemark Mueller                19 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller
– “Poeira ao Vento” (“Liàn liàn fengchén” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1986 | 109’) – 
Sinopse: O trem chega na estação. O último capítulo da trilogia “coming of age” de Hou Hsiao-hsien, acompanha a transformação nas vidas de Ah Yuan e Ah Yun, jovens recém saídos da escola que deixam sua cidade natal para tentar ganhar a vida em Taipei. Este impressionante retrato da urbanização de Taiwan nos anos 70 inaugura parcerias importantes na trajetória do diretor, como com o roteirista Wu Nien-jen e o ator Li Tian-lu, protagonista de “O Mestre das Marionetes” (1993). Exibido no festival de Berlim de 1987, o filme foi reconhecido posteriormente como uma das obras-primas de sua filmografia.
 Sessões: 14 de junho, às 15h40, no Cine Passeio Luz;                  15 de junho, às 14h, no Cine Passeio Luz; 
– “Tempo de viver e tempo de morrer“ (“Tóngnián wangshì” | Dir. Hou Hsiao-hsien | Taiwan | 1985 | 138’)
Sinopse: Segunda parte da chamada trilogia “coming of age” do diretor, o filme acompanha o protagonista, apelidado Ah-ha, ao longo da sua infância e adolescência em Taiwan, entre o final da década de 1940 e começo dos anos 1960. Filmado na cidade em que ele cresceu, o longa não só é baseado nas memórias de Hou Hsiao-hsien como, inclusive, tem sua narração em off feita pelo próprio diretor. Embora seja seu sexto longa-metragem, ele foi o primeiro a ser exibido num dos maiores festivais de cinema do mundo (Berlim) e inaugura o período que o próprio Hou considera ser aquele em que encontra um estilo próprio de cinema. 
Sessões: 15 de junho, às 20h45, no Cinemark Mueller;                  17 de junho, às 14h, no Cinemark Mueller;
“O Sonho de Clarice” – Mostra Pequenos Olhares- Cred Reprodução
Mostra Pequenos Olhares
Mostra Pequenos Olhares de 2024 será composta por oito curtas-metragens e um longa. Dedicada à promover a experiência cinematográfica a partir da infância, a mostra traz diferentes tipos de animações e filmes que abordam temáticas pertinentes, que vão desde a importância de brincar e da família, até assuntos mais profundos como a inclusão e o luto. As exibições no Teatro da Vila são inteiramente gratuitas. Já as sessões dos dias 15 e 16 de junho, no Cine Passeio, tem valor único de R$6. Confira as produções: – 
“O Sonho de Clarice” (Dir. Fernando Gutierrez e Guto Bicalho | Brasil | 2023 | 83’)
Sinopse: Em marcantes e convidativos traços de animação em 2D, acompanhamos Clarice, uma menina muito esperta e criativa, que precisa lidar com a perda de sua mãe. Ela passa os dias com seu pai carroceiro, tentando se distrair e brincar mesmo em meio aos dias cheios de trabalho dele. Dessa maneira, Clarice imagina, em sua rotina, um mundo mágico onde contará com a ajuda de inusitados amigos para viver grandes aventuras e aprender a conviver com a ausência e a lembrança de sua mãe.
Sessões: 15 de junho, às 10h30, no Cine Passeio Ritz;        16 de junho, às 10h30, no Cine Passeio Ritz;
– “Almadia” (Dir. Mariana Medina | Brasil | 2024 | 8’)
Sinopse: Nesta animação dirigida por Mariana Medina acompanhamos a história de um jangadeiro e sua família, suas jornadas que por um momento se distanciam no mar e em terra firme, e que voltam a se entrelaçar em uma nova perspectiva de amor e memória.
Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila;         15 de junho, às 13h, no Cine Passeio Luz;         16 de junho, às 13h, no Cine Passeio Luz;*Este curta será exibido com “Ana e as Montanhas”, “Camille” e “Pororoca”. Atenção: Nos dias 15 e 16 de junho às 13h este filme será exibido no Cine Passeio dentro do PGM Matinê que conta com os filmes: Casa na árvore, Almadia e Lagrimar
– “Ana e as Montanhas” (Dir. Julia Araújo e Carla Villa-Lobos | Brasil | 2024 | 13’)
Sinopse: Após perder uma de suas mães, Ana começa a enfrentar uma batalha: de um lado, o amor e o afeto de quem se ama deixa de existir e do outro, a briga de adultos supostamente interessados em seu bem-estar. Entre entender o que de fato está acontecendo e deixar ser inundada pelas memórias de sua mãe, Ana escolhe o mundo além das montanhas e dos arco-íris.
Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila*Este curta será exibido com “Almadia”, “Camille” e “Pororoca”
– “Ária” (Dir. Arthur P. Motta | Brasil | 2023 | 13’)
Sinopse: Ária acaba de ingressar em uma escola de música, mas a empolgação da realização desse sonho diminui à medida em que ela encontra dificuldades para se enturmar. Um de seus colegas de classe começa a importuná-la quando descobre que ela usa aparelho auditivo. Contudo, esse atrito se transforma em amizade durante uma situação em que eles precisam ajudar um ao outro.
Sessões: 18 de junho, às 10h e às 15h, no Teatro da Vila*Este curta será exibido com “Casa na árvore”, “Lagrimar” and “Os Defensores de Típota”
– “Camille” (Dir. Denise Roldán | México| 2023 | 12’)
Sinopse: Camille quer fazer amizades no colégio onde estuda, mas as crianças parecem não notá-la de primeira. Esse cenário muda quando ela divide com uma colega o bolinho caseiro que sua mãe preparou. Percebendo que seus colegas gostam do bolinho, Camille faz vários deles e distribui no intervalo. Sua receita fica cada vez mais conhecida, até que a demanda perde o controle.
Sessões: 18 de junho, às 9h e às 14h, no Teatro da Vila*Este curta será exibido com “Ana e As Montanhas”, “Almadia” e “Pororoca”.
– “Casa na Árvore” (Dir. Guilherme Lepca | Brasil | 2024 | 8’)
Sinopse: Ao chegar na escola Ariel percebe que o amigo Dudu não está. Motivo da

via assessoria fotos S.C divulgação