caminhos do peabiru
Caminhos do Peabirú (Foto: Roberto Dziura Jr/AEN)

O Programa Rota Turística Caminhos do Peabiru tem nova etapa, agora em Curitiba e na Lapa. As oficinas presenciais acontecem nesta terça e quarta-feira (12 e 13), reunindo gestores públicos, lideranças e representantes locais.

Coordenada pela Secretaria do Turismo do Paraná (Setu), em parceria com a Secretaria do Planejamento (SEPL), Paraná Projetos e consultores da Fundação de Apoio ao Desenvolvimento Científico da UEM (Fadec/UEM), a ação envolve 16 municípios da Região Metropolitana que integram o território turístico Rotas do Pinhão.

O objetivo é resgatar e consolidar os Caminhos do Peabiru, rota milenar que corta o Paraná, valorizando a identidade cultural, estimulando a sustentabilidade e fomentando o desenvolvimento regional por meio de um turismo responsável. Ao todo, 97 municípios do Estado participam da iniciativa.

Na semana passada, entre 4 e 8 de agosto, as primeiras oficinas reuniram 33 municípios do Oeste paranaense, com atividades realizadas em Foz do Iguaçu, Realeza, Cascavel e Palotina.

Agora, a etapa da Região Metropolitana de Curitiba começa na Lapa, dia 12, com representantes de Rio Negro, Campo do Tenente, Balsa Nova, Colombo, Almirante Tamandaré, Campo Largo e Campo Magro.

No dia seguinte, 13, será a vez de Curitiba receber os participantes de Campina Grande do Sul, Quatro Barras, São José dos Pinhais, Tijucas do Sul, Piraquara, Pinhais e Fazenda Rio Grande.

Para o secretário estadual do Turismo, Leonaldo Paranhos, o projeto vai além do turismo convencional. “As oficinas na Lapa e em Curitiba articulam municípios, trade e comunidades para mapear uma rota viva: bem sinalizada, inclusiva e sustentável do começo ao fim. Caminhos do Peabiru é um convite para que paranaenses e visitantes redescubram um patrimônio milenar”, afirmou.

Com mais de 3 mil anos de história, os Caminhos do Peabiru conectam o Oceano Atlântico ao Pacífico e percorrem cerca de 2 mil quilômetros dentro do Paraná. O trajeto foi usado originalmente por povos indígenas como Guarani, Kaingang e Xetá, além de exploradores incas, jesuítas e europeus, e guarda sítios arqueológicos e um rico patrimônio cultural.

“Com governança participativa, o Estado apoia e os municípios lideram. Assim, os Caminhos do Peabiru se tornam referência no turismo paranaense”, afirma o secretário estadual do Planejamento, Ulisses Maia.

CONTEÚDO – Durante as oficinas, os participantes acompanham palestras com arqueólogos e historiadores, realizam atividades práticas com mapas regionais e identificam sítios arqueológicos, reservas indígenas e atrativos naturais. Também avançam na definição do traçado preliminar da Trilha de Longo Curso (TLC), recebem orientações sobre sinalização e classificação de trilhas e discutem estratégias para mobilizar as comunidades. Dinâmicas de integração e troca de experiências complementam a programação.

Para o prefeito da Lapa, Diego Ribas, estar inserido na rota representa uma grande transformação para o turismo. “Estamos felizes em participar da Rota Turística Caminhos do Peabiru. Estamos trabalhando para fazer parte deste projeto, já organizamos a documentação, montamos um grupo com representantes da prefeitura e da comunidade e participamos de reuniões para planejarmos os caminhos”.

“Vamos receber a oficina com outros sete municípios para definir por onde as rotas vão passar. Isso vai trazer grandes benefícios para a cidade da Lapa e para o nosso turismo, que já tem uma base, e isso vai incrementar o desenvolvimento do município”, afirmou.

ROTA TURÍSTICA – Instituída oficialmente em novembro de 2024 pelo Decreto 8.025/2024, assinado pelo governador Carlos Massa Ratinho Junior, a Rota Turística Caminhos do Peabiru é coordenada pela Setu em parceria com a SEPL, articulando municípios, instâncias regionais de governança, comunidades e demais atores, com base nos princípios da Rede Trilhas.

A coordenadora de Gestão e Sustentabilidade do Turismo da Setu, Anna Vargas, ressalta que a mobilização das comunidades é parte essencial do processo. “Entramos na última semana das oficinas participativas. Ainda temos um ano de projeto pela frente, mas encerramos esta etapa com as atividades na Lapa e em Curitiba, envolvendo 16 municípios. A participação dos gestores e da população local é fundamental para criar pertencimento. A experiência em cada cidade tem sido gratificante e os resultados, bastante positivos”.