O Mausoléu Killian abriga os restos mortais de Francisco de Paula Killian, terceiro prefeito de São José dos Pinhais e o que mais tempo permaneceu no cargo, somando 12 anos de mandato. O jazigo foi o primeiro bem cultural tombado da cidade, em 1977, por meio do Decreto nº 49/77. O mausoléu foi construído em 1928 no Cemitério Municipal.
De acordo com o presidente da Fundação Municipal de Cultura, Luciano Chinda, a escolha do mausoléu como primeiro patrimônio é considerada incomum, já que em grande parte dos municípios os primeiros tombamentos recaem sobre casarões, templos religiosos ou prédios públicos.
“A escolha é bem fundamentada, pois o jazigo se tornou um ícone da história e da memória social local, que pode ser analisada sob diferentes perspectivas, mas que é de suma importância para o processo histórico são-joseense”, destaca Chinda.
Edificado com alvenaria, madeira e vidro, o jazigo apresenta estilo eclético, no qual é possível identificar influências de dois movimentos artísticos distintos:
Art Nouveau (século XIX): caracterizado por linhas sinuosas e riqueza de detalhes decorativos;
Art Déco (século XX): marcado pelas formas geométricas e simétricas, uso de materiais nobres, design abstrato e volumes construtivos imponentes.
Francisco Killian e sua esposa, Gabriela Rangel, não tiveram herdeiros. Após o falecimento do casal, o mausoléu permaneceu abandonado por alguns anos, sendo restaurado após o tombamento como patrimônio cultural.
Visita guiada noturna ao Cemitério Municipal
Quem deseja conhecer mais sobre o Mausoléu Killian e sobre a história da cidade a partir de outros jazigos do Cemitério Municipal pode participar da visita guiada noturna.
A próxima edição acontece no dia 26 de setembro, às 18h30. As inscrições serão abertas no dia 22 de setembro, a partir das 10h, por meio de formulário divulgado nas redes sociais da Secretaria Municipal de Cultura.