A famosa brincadeira do antes e depois da transformação que anima programas de auditório pelo País serve para ilustrar bem a situação do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (Creas) de Pontal Paraná, no Litoral. A estrutura provisória, acanhada, que funciona nos fundos de uma unidade da secretaria municipal da Saúde, vai dar lugar a um complexo novo, com 206 metros quadrados, projetado para receber todas as atividades desenvolvidas pelo órgão no balneário de Ipanema.

O investimento do Governo do Estado, por meio da Secretaria da Justiça, Família e Trabalho, é de R$ 645.300,00. A inauguração está prevista para ocorrer em novembro.

“Pontal do Paraná, e o Litoral como um todo, necessitava de um projeto deste porte. Logo que assumimos o mandato, no ano passado, traçamos um plano de infraestrutura para a região, como foco no desenvolvimento econômico e na melhoria da qualidade de vida”, afirma o governador Carlos Massa Ratinho Junior. “No caso do Creas, é uma estrutura que vai dar suporte para aquela parcela da população menos assistida, que mais precisa do Governo do Estado”, acrescenta.

Coordenadora do Creas de Pontal, Jucimara de Fátima Pilatti cita uma série de ações que poderão ser desenvolvidas com a mudança de endereço. O espaço, diz ela, vai funcionar em uma região voltada para atender a serviços destinados à população.

Há nos arredores delegacia, pronto-socorro, academia do idoso, centro médico exclusivo para a mulher e Centro de Referência de Assistência Social (Cras), o que facilita a locomoção da população.

“Esperamos esse equipamento desde 2013. O que temos atualmente não é nada adequado, sem acessibilidade, salas individuais e banheiros adaptados, por exemplo. No prédio novo teremos tudo isso e ainda estruturas coletivas para atender grupos e famílias”, conta.

De acordo com Jucimara, a maior demanda na cidade é por acolhimento a crianças, mulheres e idosos. Ela afirma que os problemas de violência familiar, abuso sexual e negligências em relação à terceira idade aumentaram consideravelmente neste período de reclusão em virtude de pandemia de coronavírus.

“Muitas vezes, quando a família não dá suporte, precisamos agir para acolher a população”, ressalta.