Projeto valoriza cultura popular do Paraná

Patrimônio Vivo oferece exposições para os municípios de Palmeira, Lapa e Prudentópolis

Rodrigo Browne com assessoria

A riqueza e a diversidade da cultura popular deram origem ao projeto Patrimônio Vivo, que tem sua fase final em abril, levando atividades em escolas e grandes exposições para três cidades paranaenses: Palmeira, Lapa e Prudentópolis. Em cada município, a exposição é composta por 32 painéis com fotos e textos. O conteúdo retrata temas como música, gastronomia, dança, artesanato, artes plásticas, prédios históricos, recantos naturais, lendas e personagens locais, entre muitos outros. Em Palmeira, a mostra teve abertura no dia 6, no Museu Histórico e fica em cartaz até 6 de outubro. Hoje a exposição foi inaugurada na Lapa, no Museu Casa Lacerda, e permanece até 25 de agosto. Em Prudentópolis, por sua vez, inaugura no dia 20 de abril (quinta-feira), às 10h, na Casa da Cultura e segue até 20 de outubro.

As exposições são fruto de um trabalho iniciado no ano passado. Numa primeira fase, entre outubro e novembro de 2022, a iniciativa percorreu aqueles municípios realizando oficinas, nas quais estimulou os participantes a retratar a cultura de sua região. “Agora chegou a hora de apresentar a todo o público o resultado dessa pesquisa, com três exposições diferentes que ficarão em cartaz em cada uma das cidades”, conta Lia Marchi. “A intenção é colocar os alunos no lugar de protagonistas no registro, divulgação e preservação dessas referências de suas cidades natais. A ideia é conhecer para preservar”.

O conteúdo das exposições foi criado coletivamente pelos alunos da oficina: aproximadamente 20 pessoas em cada cidade, num público bem diverso, formado por estudantes, professores e interessados por arte e cultura em geral.

Cada exposição é diferente, pois retrata a própria cidade pelos olhares de seus jovens moradores, com destaque às tradições de suas regiões. “Quando se pensa em patrimônio, muitas vezes pensa-se nas referências materiais, esquecendo-se daquilo que mantém um senso de identidade e permanência: o patrimônio imaterial”, conta Carol Mira. “Importante ressaltar que as exposições serão doadas aos municípios, prolongando seu impacto”.

Em Palmeira, alguns dos temas abordados são: cultivo de sementes em palha, elaboração do queijo Purungo, o sabor da gengibirra, visagens e lendas da região, vinho de laranja, cuque feito com ruibarbo, pão no bafo e a tradição de comer sementes de girassol.

Na Lapa, a exposição retrata: coxinha de farofa da Lapa, a magia das mandalas, as belezas do Parque do Monge, o uso do pilão tradicional, o Theatro São João e seus 140 anos de história, o lenhador tradicional da cidade, artesanato com palha, a tradicional Congada Ferreira e os lírios de Santo Antônio.

Em Prudentópolis, são abordados temas como o trabalho das benzedeiras, a literatura oral e muitos aspectos da imigração ucraniana, como as pêssankas (ovos decorados), a petrykivka (pintura ucraniana), as bonecas Berehênha e a música das banduras.

Este projeto é realizado pela Olaria Cultural, com apoio da Copel por meio do Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura – PROFICE, da Secretaria de Estado da Cultura – Governo do Estado do Paraná. Foi organizado pelas pesquisadoras Lia Marchi e Carol Mira. A iniciativa também tem apoio cultural das Prefeituras Municipais de Palmeira, Lapa e Prudentópolis.

Projeto Patrimônio Vivo: referências que conectam gerações e regiões.
Em Palmeira, a mostra acontece no Museu Histórico (R. Santos Dumont, 55) até o dia 6 de outubro.
Na Lapa, a exposição acontece no Museu Casa Lacerda (R. XV de Novembro, 67) até 25 de agosto.
Em Prudentópolis, a inauguração será na próxima quinta-feira (20), às 10h, na Casa da Cultura (R. Doze de Agost, 1291) e fica em cartaz até 20 de outubro.