Menina e avô abraçados andando.

Você já pensou em viver com saúde e energia até os 100 anos ou mais? Embora isso possa parecer raro, há cada vez mais pessoas alcançando idades avançadas com corpo e mente ativos. Mas qual é o segredo da longevidade? Será que é apenas uma questão de sorte?

A ciência mostra que viver mais e melhor depende de uma combinação entre genética, estilo de vida e fatores ambientais. Ou seja, embora nossos genes desempenhem um papel importante, nossas escolhas diárias podem ativar ou desativar genes que influenciam diretamente como envelhecemos.

Neste artigo, você vai descobrir como certos genes relacionados à longevidade funcionam, e o que fazer para estimular sua melhor expressão por meio da alimentação e hábitos saudáveis.

O que são genes da longevidade?

Algumas pessoas nascem com variantes genéticas protetoras, que aumentam a resistência ao estresse oxidativo, fortalecem o sistema imunológico e tornam o metabolismo mais eficiente. Mas mesmo quem não tem essa “sorte genética” pode ativar genes benéficos com um estilo de vida saudável.

Confira a seguir os principais genes ligados à longevidade e como estimulá-los:

1. TERT – O guardião dos telômeros

O gene TERT é responsável por produzir a telomerase, uma enzima que protege os telômeros, estruturas que envolvem o fim dos cromossomos e retardam o envelhecimento celular.

Como proteger os telômeros:

  • Consuma frutas antioxidantes como romã.
  • Inclua ômega-3 na dieta (chia, linhaça, peixes).
  • Coma alimentos ricos em fibras (vegetais escuros, frutas com casca, grãos integrais).

2. FOXO3 – O gene dos centenários

Muito comum em pessoas que vivem mais de 100 anos, o gene FOXO3 atua na resistência ao estresse oxidativo, na regeneração celular e na prevenção de doenças crônicas.

Como estimular o FOXO3:

  • Coma frutas vermelhas, cúrcuma e tome chá verde.
  • Invista em vegetais crucíferos (brócolis, couve, rúcula).
  • Use gorduras boas no dia a dia (azeite de oliva, abacate, peixes gordos).

3. GSTT1 – O detox natural do corpo

Esse gene participa da desintoxicação do organismo. Pessoas com mutações no GSTT1 têm menor capacidade de eliminar toxinas, o que pode afetar a longevidade.

Dicas para ajudar na desintoxicação:

  • Consuma crucíferos como repolho e couve-flor.
  • Beba bastante água.
  • Evite ultraprocessados e álcool.

4. SOD2 – Defesa contra o estresse oxidativo

O gene SOD2 produz a superóxido dismutase, uma enzima essencial no combate aos radicais livres que danificam as células e aceleram o envelhecimento.

Como reduzir os danos oxidativos:

  • Coma alimentos ricos em apigenina (aipo, camomila, própolis).
  • Aposte em alimentos com proantocianidinas (cacau, leguminosas como grão-de-bico e lentilha).

5. GPX – O poder da glutationa

A glutationa é uma das substâncias mais importantes do nosso sistema antioxidante. O gene GPX ajuda a produzir essa enzima, combatendo inflamações e prevenindo doenças crônicas.

Como aumentar a produção de glutationa:

  • Consuma vegetais crucíferos com frequência.
  • Inclua frutas vermelhas, chá verde e cacau na alimentação.
  • Prefira gorduras boas como azeite de oliva, castanhas e abacate.

Estilo de vida saudável: um aliado da sua genética

Mesmo que a sua genética não seja “perfeita”, você pode modular a expressão dos genes da longevidade com estratégias nutricionais e hábitos saudáveis. A ciência da nutrigenômica mostra que nossas escolhas diárias afetam a forma como nossos genes se manifestam.

Investir em alimentação rica em antioxidantes, manter uma rotina ativa, dormir bem e evitar toxinas são passos concretos para envelhecer com mais saúde, vitalidade e qualidade de vida.

A longevidade não é apenas uma questão de sorte ou herança genética. Com conhecimento e ações práticas, é possível apoiar os mecanismos naturais do corpo para viver mais — e melhor.

Entender seus genes é o primeiro passo para cuidar melhor da sua saúde. Que tal começar hoje?